Dólar dispara, apesar da maior intervenção do BC no câmbio desde 2020

Metrópole

A cotação do dólar segue em alta na manhã desta segunda-feira (16/12). Isso apesar de o Banco Central (BC) ter realizado um leilão extraordinário da moeda norte-americana, quando ela se aproximou de R$ 6,10. O BC, na ocasião, vendeu US$ 1,627 bilhão, a maior intervenção no mercado à vista de câmbio desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020.

Por volta das 9h30, o dólar alcançou R$ 6,09. O leilão ocorreu entre 9h35 e 9h40. Quando terminou, a cotação caiu para R$ 6,03. Às 11h30, no entanto, subiu novamente, numa arrancada de 0,74%, a R$ R$ 6,08.

Entre 10h20 e 10h25, o BC fez uma segunda intervenção no câmbio, na qual foram vestidos US$ 3 bilhões. Na ocasião, ocorreu um leilão de linha, no qual o Banco Central assume o compromisso de recompra da moeda. Esse tipo de ação não tem como objetivo central alterar a cotação da moeda estrangeira, mas, sim, dar liquidez ao mercado.

Por que o BC faz leilões

Beto Saadia, diretor de investimentos da Nomos, observa que o BC interfere no mercado de câmbio não para alterar o preço do dólar, mas para reduzir a volatilidade da moeda americana. “Essa prática, alinhada ao que podemos chamar de um ‘manual de política monetária’, busca aliviar o impacto dessa volatilidade em empresas ligadas ao comércio exterior”, diz. “Com menos volatilidade, os custos de hedge (estratégia usada para proteger o investimento) dessas empresas diminuem, o que pode contribuir para reduzir a inflação no país.”

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