Da redação
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) emitiu orientações importantes à população sobre os cuidados necessários após a exposição à água proveniente de alagamentos e enchentes, como as que ocorreram nos últimos dias devido às chuvas intensas. Os riscos à saúde são variados e podem envolver desde acidentes com animais peçonhentos até doenças graves transmitidas pela água contaminada.
Um dos principais riscos é a presença de animais peçonhentos, como escorpiões, aranhas e cobras, que frequentemente se refugiam em áreas alagadas e em destroços deixados pelas enchentes. Além disso, há um aumento na transmissão de doenças como tétano, hepatite A e doenças diarreicas agudas, que podem ser transmitidas pela água ou por contato com superfícies contaminadas.
A leptospirose é uma das doenças mais alarmantes em situações de enchente. Ela é transmitida pela urina de animais infectados, especialmente ratos, que pode se misturar à água de alagamentos e esgoto, contaminando o ambiente. A doença é um vetor comum durante e após enchentes, e o contato com água contaminada pode resultar em sérios problemas de saúde.
A exposição direta à água poluída e as condições precárias de higiene, comuns nesse tipo de desastre, favorecem a disseminação de doenças por meio de lesões na pele, especialmente se essas lesões permanecem submersas por longos períodos, ou ainda, por via de mucosas.
Alessandra Moraes, superintendente de Vigilância em Saúde da SES, destaca os cuidados essenciais durante esse período crítico. “A principal orientação é evitar o contato com a água proveniente desses desastres. Caso isso não seja possível, evite nadar, tomar banho ou ingerir água de inundação ou qualquer água imprópria que possa estar contaminada. Também é importante cobrir cortes ou arranhões com bandagens à prova d’água e utilizar botas e luvas para reduzir o contato com a água”, orientou a especialista.
O Ministério da Saúde alerta que o período de incubação de doenças como a leptospirose pode variar de 1 a 30 dias, com sintomas geralmente aparecendo entre 7 e 14 dias após a exposição ao risco. Em casos mais graves, a doença pode apresentar risco de letalidade de até 40%, o que torna ainda mais importante seguir as orientações de prevenção.
Em face desses riscos, a SES reitera a importância de adotar medidas de precaução e manter a vigilância para evitar complicações durante e após os eventos de alagamento.
Em caso de contato com água possivelmente contaminada, fique atento aos sintomas:
• Diarreia;
• Febre;
• Dor de cabeça;
• Náuseas/vômitos;
• Cólicas abdominais;
• Dor abdominal;
• Sangue ou muco nas fezes.
Caso apresente algum desses sintomas, procure uma Unidade de Saúde.
