Da redação
Na manhã desta segunda-feira (16), um médico de 67 anos, que atuava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pascoal Ramos, em Cuiabá, foi preso sob acusação de assediar uma paciente de 32 anos durante uma consulta médica. O incidente ocorreu enquanto o profissional prescrevia uma medicação e tentou beijar a paciente contra sua vontade.
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A vítima, que gravou o momento em que o médico insistia para que ela o beijasse, apresentou o áudio à polícia. Na gravação, é possível ouvir o médico dizendo: “Agora me dá um beijinho”, ao que a paciente responde: “Aqui não é lugar, né?”. O médico insiste: “Dá sim, dá sim!”. A gravação foi apresentada às autoridades e ajudou a confirmar a denúncia.
Após o ocorrido, a paciente procurou a coordenação da UPA Pascoal Ramos, que imediatamente acionou a Polícia Militar. O médico foi conduzido à delegacia para a realização dos procedimentos legais.
Nota da Secretaria Municipal de Saúde
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá se manifestou por meio de nota, informando que foi notificada sobre o caso ainda pela manhã e que tomou medidas imediatas para apurar os fatos. A SMS afirmou que, após a conclusão da investigação policial, será instaurada uma sindicância administrativa para avaliar a conduta do médico.
“A coordenadora da unidade foi procurada pela paciente, que apresentou a denúncia. Diante da gravidade da situação, a coordenadora acionou a Polícia Militar, que conduziu o médico à delegacia”, informou a Secretaria. O órgão também garantiu que, para evitar interrupções no atendimento, outro médico foi designado para cobrir o plantão da unidade.
A SMS reafirmou seu compromisso com a transparência e a integridade na prestação de serviços de saúde à população e afirmou que tomará as medidas cabíveis conforme os desdobramentos da investigação.
Investigação em andamento
O caso segue sob análise das autoridades competentes, e o médico permanece à disposição da Justiça. A gravação apresentada pela paciente pode ser crucial para o andamento das investigações.
Este episódio destaca a necessidade de protocolos de proteção e a importância de canais de denúncia para garantir a segurança dos pacientes nos ambientes de saúde. As autoridades continuam a apurar os fatos e a buscar as responsabilidades legais cabíveis.