Da redação
De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (22.11), Mato Grosso continua entre os três estados com as menores taxas de desemprego do Brasil, apresentando um índice de 2,3% no terceiro trimestre de 2024 (julho a setembro).
O estado ocupa a segunda posição, atrás apenas de Rondônia, que tem a menor taxa de desocupação, com 2,1%. Em seguida, aparece Santa Catarina, com 2,8%. Em comparação, a taxa de desemprego no Brasil é de 6,4%.

Além disso, Mato Grosso obteve um expressivo resultado na taxa de subutilização da força de trabalho, com apenas 7,6%, ficando atrás apenas de Santa Catarina (5,1%) e Rondônia (5,5%). Esse índice reflete pessoas que estão desempregadas, subocupadas ou pertencem à força de trabalho potencial. A média nacional é de 15,7%, evidenciando que o estado se destaca no aproveitamento da mão de obra disponível.
Outro dado relevante é o baixo índice de desalentados em Mato Grosso, que foi de 1%. Este número está entre os mais baixos do país, ao lado de Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro. O índice nacional foi de 2,7%, com estados como Alagoas (9,7%) e Maranhão (9,5%) enfrentando índices bem mais altos.
Em relação ao mercado de trabalho formal, 78,1% dos trabalhadores no setor privado em Mato Grosso possuem carteira assinada, acima da média de muitos estados brasileiros e um reflexo do compromisso com a segurança e os direitos trabalhistas. O estado também apresenta uma taxa de informalidade de 35,3%, abaixo da média nacional de 38,8%, indicando uma economia mais estruturada e com menor dependência de empregos precários ou informais.
O empreendedorismo também está presente no estado, com 23,7% da população ocupada atuando por conta própria, número muito próximo da média nacional de 24,6%, o que demonstra um bom equilíbrio entre os setores formal e informal do mercado de trabalho.
Vinicius Hideki, coordenador do Data Hub da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), atribui os bons resultados a políticas públicas eficazes e ao fortalecimento de setores-chave como serviços, construção e agroindústria, que absorvem a mão de obra disponível de forma dinâmica e contínua.
O secretário César Miranda destaca que Mato Grosso tem vivenciado uma situação de pleno emprego, fruto da atuação estratégica do governo estadual e do crescimento constante da economia local. Ele também prevê um cenário otimista para o próximo ano, com investimentos em infraestrutura, agroindústria e tecnologia, áreas que são pilares do desenvolvimento e geração de empregos no estado.
Com resultados que se destacam no contexto nacional, Mato Grosso reafirma seu papel como um exemplo de crescimento econômico sustentável e geração de emprego de qualidade, servindo como modelo para outras regiões do Brasil.