25 de Outubro – Dia do engenheiro Civil

Hoje existem no Brasil mais de 400 mil engenheiros civis e, atualmente, todos os anos, 35 mil pessoas se formam na área. O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) encerra o ano de 2023 com a expressiva marca de 1.121.435 profissionais ativos.

Célia Mazzer – Engenheira Civil formada pela Universidade Federal de Mato Grosso e Membro da Abenc/MT – Associação Brasileira de Engenheiros Civis do Estado de Mato Grosso

Esses números mostram o quanto somos expressivos e representativos na economia nacional. Mostram também o poder que teríamos se fôssemos mais classistas. A construção civil é responsável por uma parcela significativa do PIB brasileiro, tendo grande relevância na economia nacional. Através dela, é possível gerar renda e emprego para trabalhadores do segmento e até para aqueles que atuam em outras áreas relacionadas. Por meio da engenharia civil, podemos gerar empregos em outros setores, como a indústria e o comércio, pois aumenta a demanda por materiais de construção e impulsiona a economia local, criando os chamados empregos indiretos. A construção civil emprega pessoas da mais alta graduação até aquelas que não tiveram oportunidade nenhuma de estudar, sendo a mais abrangente de todas.

O primeiro engenheiro brasileiro foi André Pinto Rebouças. O grande engenheiro do Império foi também o primeiro negro brasileiro a se formar em engenharia e a se tornar professor catedrático. Ele nasceu na cidade de Cachoeira, na Bahia, em 1838, e integrava uma família de sete irmãos.

Em 1871, André e seu irmão Antônio, também engenheiro, apresentaram ao Imperador D. Pedro II o projeto da estrada de ferro ligando a cidade de Curitiba ao litoral do Paraná, na cidade de Antonina. Na execução do projeto, o trajeto foi alterado para o porto de Paranaguá.

De lá para cá, a engenharia civil no Brasil tem sido uma força motriz por trás do desenvolvimento e da modernização do país desde a sua descoberta. A engenharia civil evoluiu significativamente, incorporando novas técnicas e tecnologias, além de enfrentar desafios cada vez maiores. A expansão das cidades, a necessidade de infraestrutura adequada e o crescimento econômico do país exigem que a engenharia civil se adapte constantemente, desenvolvendo soluções inovadoras e sustentáveis. Cabe a nós, engenheiros civis, adaptarmo-nos aos crescentes desafios, sem esquecer a segurança, a sustentabilidade, as inovações tecnológicas, a inteligência artificial (IA), o meio ambiente e a viabilidade financeira, oportunizando a melhoria contínua e o acesso de todos.

Para finalizar, gostaria de ressaltar que cada vez mais vemos o quanto é importante a atuação do CREA em seu papel fiscalizador e agente de proteção à sociedade. Pois ainda existem casos em que todos conhecem um ótimo pedreiro ou um ótimo mestre de obras, negligenciando a contratação do profissional. E o CREA, através da fiscalização, consegue detectar e obrigar a contratação de profissionais da engenharia civil. Por meio dessa fiscalização e proteção da sociedade, o CREA indiretamente gera emprego para a categoria.

No mais, parabenizo todos os profissionais e desejo muito sucesso em suas carreiras.

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