Da redação
Donald Trump superou a democrata Kamala Harris ao alcançar 277 votos no Colégio Eleitoral, conforme indicam as pesquisas de diversos meios de comunicação do país. Ele atingiu esse número após conquistar a vitória no estado de Wisconsin. Embora os resultados de alguns estados ainda estejam sendo apurados, o republicano parece ter uma vantagem significativa, um desfecho pouco esperado pelas pesquisas e uma demonstração de força de Trump, que também está se encaminhando para uma possível vitória nos votos populares.
O magnata de 78 anos retornará ao cargo de presidente quatro anos após perder a reeleição de 2020 para o atual presidente Joe Biden. Trump, que nunca reconheceu sua derrota, incitou protestos que culminaram na invasão do Congresso, em 6 de janeiro de 2021, por seus apoiadores.
Trump deixou a Casa Branca em 20 de janeiro de 2021, sem comparecer à cerimônia de posse de Biden, quebrando uma tradição que perdurava há décadas.
Apesar das críticas pela recusa em aceitar o resultado da eleição, Trump conseguiu manter sua liderança no Partido Republicano nos anos subsequentes, mesmo estando envolvido em quatro grandes processos judiciais. Em um deles, foi condenado por fraude fiscal, mas a sentença foi adiada para após o pleito eleitoral.
A Campanha
Trump não encontrou dificuldades nas primárias republicanas, sendo desafiado apenas pela ex-embaixadora Nikki Haley, que abandonou a corrida no início de março.
No dia 13 de julho, o candidato sofreu um ferimento leve, sendo atingido de raspão na orelha enquanto fazia um comício na Pensilvânia. No mês seguinte, outro incidente envolvendo Trump ocorreu, quando um homem armado foi detido próximo a um campo de golfe onde o republicano se encontrava.
Durante a campanha, Trump procurou repetir as estratégias que o levaram ao sucesso nas eleições de 2016 e 2020: prometer deportações em massa de imigrantes, aumentar tarifas para proteger a indústria dos EUA, estimular a criação de empregos e reduzir impostos para empresas, com o objetivo de impulsionar os negócios.
O bilionário Elon Musk manifestou apoio a Trump, comparecendo a comícios ao seu lado, fazendo doações milionárias à campanha e até sorteando dinheiro para seus apoiadores, o que gerou uma investigação judicial sobre o caso.
Quem é Trump?
Donald John Trump nasceu em 14 de junho de 1946, na cidade de Nova York, filho de um empresário do setor imobiliário, que construiu inúmeros edifícios e residências na cidade. Ele cursou economia na Wharton School e, nos anos 1970, iniciou sua carreira nos negócios da família.
Trump expandiu os empreendimentos da família para novos setores, como hotéis de luxo e cassinos, e associou seu nome a diversas marcas, o que o tornou uma figura pública desde os anos 1980. Após enfrentar dificuldades financeiras na década seguinte, ele retornou ao centro das atenções no início dos anos 2000, quando se destacou com o programa de TV *O Aprendiz*.
Nos anos seguintes, Trump começou a criticar o governo do então presidente Barack Obama, o que o ajudou a ganhar visibilidade na mídia e eventualmente o levou à política. Ele foi eleito presidente dos EUA em 2016, com uma campanha focada no combate à imigração ilegal e no lema “Tornar a América Grande de Novo”.
Durante seu mandato, Trump adotou políticas rigorosas contra a imigração, algumas das quais foram posteriormente anuladas pela Justiça. Durante a pandemia de COVID-19, adotou uma postura negacionista, minimizando a gravidade do vírus e se opunha às medidas de isolamento social. Trump perdeu a eleição de 2020 para Joe Biden, mas não aceitou a derrota e incentivou seus apoiadores a contestarem o resultado, o que culminou na invasão do Congresso em 6 de janeiro de 2021, com o objetivo de bloquear a certificação da vitória de Biden.
Após seu segundo mandato, Trump não poderá disputar a presidência novamente, já que a Constituição dos EUA limita os presidentes a dois mandatos consecutivos.
