17 de mar de 2025
02:10

Polícia Civil apreende notas falsas e joias falsas em esquema de engano de influenciadores digitais

Da redação

Na semana passada, a Polícia Civil deflagrou a Operação 777 que resultou na apreensão de quase mil notas falsas de R$ 100 e R$ 200, além de mais de 300 notas falsas de US$ 100. O trabalho das equipes da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor e da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes também revelou a apreensão de diversos acessórios, como correntes e pingentes de cor dourada, que, a princípio, aparentavam ser joias de ouro. Contudo, após análise preliminar feita em uma joalheria de Cuiabá, foi confirmado que os itens eram feitos de materiais semelhantes a estanho e latão, materiais comuns em medalhas de premiações de provas amadoras.

De acordo com as investigações, os maços de dinheiro falso e as bijuterias de aparência luxuosa eram usados por influenciadores digitais presos durante a operação para criar uma falsa imagem de riqueza. O objetivo era induzir seus seguidores a acreditar que seus supostos ganhos vinham de apostas em jogos de azar online ilegais, conhecidos como “jogo do Tigrinho”.

A Polícia Civil ainda apura a suspeita de que esses influenciadores postavam vídeos de apostas feitas em versões demonstrativas das plataformas de jogos, fornecidas exclusivamente a eles. As plataformas eram manipuladas para que quase sempre os investigados ganhassem, simulando grandes vitórias com apostas de valores baixos, o que criava a ilusão de grandes lucros.

Além das apreensões, a Operação 777 resultou no bloqueio das redes sociais dos seis influenciadores digitais presos, tanto no Instagram quanto no Facebook. A decisão judicial, emitida pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, também impôs restrições de viagem aos envolvidos, que não podem deixar o país e estão proibidos de realizar publicações relacionadas a jogos de azar ilegais. Caso descumpram essas determinações, os investigados poderão responder por desobediência e terão as prisões preventivas reavaliadas pela Polícia Civil.

As investigações também envolvem as mães de três dos influenciadores, que estão sendo investigadas por lavagem de dinheiro.

A Polícia Civil orienta que consumidores lesados por esse tipo de golpe podem registrar boletim de ocorrência em qualquer delegacia de polícia, ou ainda procurar a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Rua Gen. Otávio Neves, nº 69, Duque de Caxias I, Cuiabá), de segunda a sexta-feira durante o horário comercial. Também é possível realizar denúncias anônimas por meio do e-mail decon@pjc.mt.gov.br, da Delegacia Virtual (https://portal.sesp.mt.gov.br/delegacia-web/pages/home.seam) ou pelo telefone  197  da Polícia Civil.

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