Da redação
Em uma vistoria realizada nesta quinta-feira (12) ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o prefeito eleito Abilio Brunini fez duras críticas à gestão de Emanuel Pinheiro e anunciou medidas para reorganizar a saúde na Capital. Segundo ele, a gestão atual da saúde vive um “caos administrativo”, e a Empresa Cuiabana de Saúde (ECS), responsável pelos serviços à população, será fechada. O novo prefeito adiantou que a ECS possui uma dívida de R$ 218 milhões e não tem condições de continuar operando.
“Se fosse uma empresa privada, já estaria em falência”, afirmou Abilio, destacando a impossibilidade de manter a ECS funcionando. O prefeito eleito revelou que o município buscará alternativas financeiras para dar continuidade aos serviços de saúde, com a realocação de recursos de outras áreas e o apoio de recursos federais, estaduais e de emendas parlamentares.
A partir de janeiro, a gestão dos hospitais e unidades de saúde será transferida para a Secretaria Municipal de Saúde, enquanto a Empresa Cuiabana de Saúde ficará apenas com contratos em andamento, sendo desativada assim que possível. Abilio também respondeu a questionamentos sobre as denúncias de salários atrasados entre servidores da saúde. Ele afirmou que, embora tenha acesso às informações repassadas pela atual administração, só será possível apurar a realidade dos números após assumir oficialmente a gestão.
“O que temos são informações do que foi repassado, mas é fundamental apurar a veracidade desses números assim que estivermos à frente da administração”, afirmou Abilio. Ele ainda fez referência à série de investigações policiais na saúde, que resultaram em 22 operações durante o governo de Emanuel Pinheiro, o que, segundo ele, levanta suspeitas sobre a gestão.
Embora o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) tenha ventilado a possibilidade de uma nova intervenção na pasta da saúde, o governador Mauro Mendes já se posicionou contra essa medida, uma vez que a troca de gestão ocorrerá em poucos dias. Assim, o foco de Abilio Brunini será em reestruturar a saúde municipal e garantir que a população tenha acesso a serviços mais eficientes, com maior transparência e recursos adequados.
