12 de mar de 2025
16:25

Vereadores de Várzea Grande são investigados por compra de votos; PF realiza operação na Câmara

Da redação

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (11), a Operação Escambo Eleitoral, que investiga um esquema de compra de votos envolvendo os vereadores de Várzea Grande, Adilsinho (Republicanos) e Feitoza (PSB). Durante a ação, agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos parlamentares na Câmara Municipal.

De acordo com as investigações, os vereadores teriam oferecido dinheiro, óleo diesel e até fornecimento de água em troca de votos nas eleições municipais do ano passado. A apuração do caso começou no dia do pleito, em outubro, quando dois homens foram presos em flagrante com material de campanha dos candidatos e suspeitos de participação na compra de votos.

Segundo nota divulgada pela Polícia Federal, os suspeitos utilizavam promessas de benefícios materiais para obter apoio eleitoral. “No decorrer da apuração, a Polícia Federal identificou que os dois vereadores foram beneficiados com a compra de votos. Os suspeitos se utilizavam de promessas de pagamento em dinheiro e até mesmo fornecimento de água, óleo diesel e outros benefícios em troca de votos”, afirmou a corporação.

A irregularidade no abastecimento de água é um problema histórico em Várzea Grande, com a população enfrentando dificuldades há décadas devido à má gestão do Departamento de Água e Esgoto (DAE). O fato de a água ser usada como moeda de troca na eleição levanta ainda mais questionamentos sobre o uso de serviços essenciais para fins políticos.

No último pleito, Feitoza foi eleito com 2.438 votos e Adilsinho com 2.249 votos. A operação, conduzida por agentes da Delegacia de Defesa Institucional (Delinst), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), com o objetivo de reunir provas para aprofundar a investigação.

Caso a responsabilidade dos vereadores seja confirmada, eles poderão responder por captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e associação criminosa, crimes que preveem penas de até sete anos de reclusão.

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