Da redação
Os técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) irão realizar uma paralisação nesta sexta-feira (28), com um protesto programado para acontecer a partir das 7h, em frente à Guarita 01, na entrada da avenida Fernando Corrêa da Costa, no campus de Cuiabá. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Públicas de Ensino Superior no Estado de Mato Grosso (Sintuf-MT), visa cobrar o cumprimento integral do acordo de greve firmado com o governo em 2024.
A manifestação contará com o apoio da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) e deve reunir tanto técnicos administrativos ativos quanto aposentados das Instituições Públicas de Ensino Superior no estado, além de servidores de fundações vinculadas, da Empresa Pública de Serviços Hospitalares e demais empresas com contrato com as universidades.

Após o ato, às 8h30, será realizada uma assembleia-geral sob as árvores próximas à guarita. No encontro, os servidores deverão votar o indicativo de “estado de greve”, com possível início a partir de 1º de abril. Também serão discutidos temas como os desdobramentos da última reunião do Conselho Universitário (Consuni), estratégias de mobilização, ações para pressionar parlamentares pela aprovação da Medida Provisória 1286 — que trata de temas relevantes para os servidores públicos — e atualizações sobre o reajuste salarial previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA).
A paralisação foi definida após a suspensão da reunião da mesa de negociação com o governo, anteriormente marcada para esta semana. Para o Sintuf-MT, a decisão do governo representa um retrocesso nas tratativas com a categoria.
“A suspensão da mesa de negociação marcada para esse dia demonstra a falta de compromisso por parte do governo em atender às nossas reivindicações. A continuidade da nossa paralisação é um sinal nítido de que estamos determinados a lutar pelo cumprimento integral do acordo de greve de 2024”, afirmou a coordenadora do Sintuf-MT, Marillin de Castro.
Os ofícios de comunicação sobre a paralisação, o ato e a assembleia já foram enviados à administração da UFMT, suas pró-reitorias, ao Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM) e à Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).
A última greve dos servidores técnico-administrativos da UFMT aconteceu em março de 2024, com duração de 105 dias. O movimento reivindicava melhorias na carreira, reajuste salarial e melhores condições de trabalho. O encerramento da greve se deu após a aprovação de um termo de acordo com o governo, considerado satisfatório por contemplar cerca de 80% das demandas da categoria. Agora, os servidores cobram a implementação total do que foi pactuado.