Proposta foi aprovada na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência

O Projeto de Lei 2810/2025, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PP), que endurece as punições contra crimes sexuais cometidos contra crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e outras em situação de vulnerabilidade, deu mais um passo importante em Brasília.
Nesta terça-feira(9), a proposta foi aprovada na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados, sob relatoria da deputada Silvia Cristina (PL-RO).
“É uma notícia muito boa para o Brasil. Esse projeto representa um marco no enfrentamento da pedofilia e já avança em ritmo acelerado na Câmara. Agora estamos articulando a aprovação de um requerimento de urgência, para que ele seja levado diretamente ao plenário e votado o quanto antes”, afirmou a senadora.
O texto altera todo o capítulo do Código Penal sobre estupro de vulnerável, ampliando de forma significativa as penas e fechando brechas da legislação atual. Entre os pontos centrais estão:
• Proibição de contato com crianças: agressores ficam impedidos de trabalhar em locais com presença de crianças, como escolas, igrejas, creches e clubes, desde a fase de investigação.
• Regime fechado com exame criminológico: a progressão de pena só será possível se laudo indicar que o condenado não representa mais risco à sociedade.
• Responsabilização das plataformas digitais: empresas de tecnologia passam a ser obrigadas a retirar imediatamente conteúdos de exploração sexual infantil e comunicar às autoridades, fornecendo dados que auxiliem nas investigações.
• Medidas protetivas imediatas: uso de tornozeleira eletrônica e criminalização do descumprimento de restrições impostas para proteger vítimas vulneráveis.
• Acolhimento psicológico: atendimento médico e psicológico garantido às vítimas, familiares e cuidadores, além de encaminhamento dos agressores a programas de recuperação e acompanhamento psicossocial, quando autorizado judicialmente.
Proteção integral
Segundo Margareth, a proposta combina rigor punitivo com medidas de prevenção e proteção. “Quem abusa de uma criança não pode ser tratado como criminoso comum. Este projeto pune com mais dureza, protege a vítima desde o primeiro momento e busca reduzir a reincidência. Estamos fazendo a nossa parte para proteger a infância brasileira”, destacou.
Com a aprovação em comissão, a expectativa é de que o projeto seja colocado em regime de urgência e siga direto para apreciação do plenário da Câmara, antes de ser encaminhado para sanção presidencial.
MidiaNews