28 de ago de 2025
19:29

Professor é denunciado por recrutar alunos para facção criminosa e incentivá-los a aplicar castigos em colegas de escola em MT

Segundo a investigação, o professor era um dos chefes da facção e utilizava uma arma de fogo para facilitar atividades ilegais, recrutar adolescentes e envolvê-los nas ações do crime organizado.

O professor de uma escola pública em Sinop, Sinei Marinho Pedroso, a 503 km de Cuiabá, foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) por suspeita de recrutar alunos para integrar uma facção criminosa da qual ele faz parte. A denúncia, formalizada nessa quarta-feira (27), foi feita por meio da 5ª Promotoria Criminal de Sinop.

Segundo a investigação, o professor era um dos chefes da facção e utilizava uma arma de fogo para facilitar atividades ilegais, recrutar adolescentes e envolvê-los nas ações do crime organizado, incluindo o tráfico de drogas.

O MP informou que o denunciado era conhecido como “professor do CV” — Comando Vermelho — e induzia os alunos a aplicarem castigos, conhecidos como “salves”, em outros estudantes sob a justificativa de que as vítimas espalharam boatos sobre os membros da facção.

De acordo com o promotor de Justiça Marcelo Linhares Ferreira, durante as investigações, foi comprovado o envolvimento do investigado em crimes de tortura e sequestro. Na época, ele já atuava como professor, mas em uma escola estadual de Sorriso, a 420 km de Cuiabá.

Dados extraídos do celular do professor indicam que ele se aproveitava do cargo para aliciar e recrutar alunos adolescentes para o crime organizado, chegando a intermediar o “cadastro” desses jovens como “lojistas” junto às lideranças da facção, com o objetivo de atuarem na venda de drogas.

O promotor destacou que, após o “cadastro” dos adolescentes, o professor mantinha ascendência sobre eles, seja pela autoridade no ambiente escolar e por atuar como “padrinho” dentro da facção, o que demonstraria o papel dele na chefia local.

No oferecimento da denúncia, o Ministério Público também se manifestou pela manutenção da prisão preventiva do professor.

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