Da redação
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) anunciou, nesta sexta-feira (11), o afastamento do procurador Luiz Eduardo de Figueiredo Rocha e Silva, após o servidor confessar o assassinato de Ney Müller Alves Pereira, de 42 anos, em Cuiabá. A decisão foi oficializada por meio da Portaria nº 07/2025, publicada no Diário Oficial da Casa.
O afastamento, determinado pelo presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB), e pelo primeiro-secretário, deputado Dr. João (MDB), é de caráter preventivo e terá duração inicial de 60 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. A medida tem como objetivo garantir a isenção na apuração da conduta do servidor, que também será alvo de um processo administrativo disciplinar.
Durante esse período, Luiz Eduardo está proibido de acessar as repartições internas da Assembleia, utilizar sistemas eletrônicos, portar equipamentos institucionais ou manusear documentos oficiais, exceto para fins de sua defesa.
A Corregedoria-Geral da ALMT ficará responsável pela condução das investigações no âmbito administrativo e deverá manter a Mesa Diretora informada sobre o andamento do processo e a eventual necessidade de prorrogar o afastamento.
Crime e prisão preventiva
Na tarde desta sexta-feira (11), Luiz Eduardo teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva pelo juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá. O procurador é acusado de homicídio qualificado por motivo fútil e por emboscada.
Segundo as investigações, o crime ocorreu na Avenida Edgar Vieira, também conhecida como rua 1, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. A vítima, um homem em situação de rua identificado como Ney Müller Alves Pereira, foi morto a tiros. O procurador confessou o crime ainda na fase inicial das apurações.
Nota da Assembleia Legislativa
Em nota oficial, a Mesa Diretora da ALMT lamentou profundamente o ocorrido e manifestou solidariedade à família e aos amigos da vítima, além de toda a sociedade impactada pelo crime. A instituição reforçou o compromisso com a legalidade e informou que acompanhará os desdobramentos do caso na esfera criminal.
“Os desdobramentos do caso na esfera criminal serão acompanhados e a instituição reforça seu compromisso com a lei e a justiça”, diz o comunicado.
O caso gerou comoção e promete ter grande repercussão tanto na esfera judicial quanto no ambiente político de Mato Grosso.
