23 de ago de 2025
20:38

Pivetta endossa críticas de Abilio à educação e defende escolas cívico-militares

Vice-governador afirmou que o prefeito “não deixa de ter razão” sobre ensino público

O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), reforçou nessa quarta-feira (21.08) críticas feitas pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), à qualidade da educação no Brasil. Durante a 4ª edição do Prêmio Alfabetiza MT, realizada no ginásio Fiotão, em Várzea Grande, Pivetta afirmou que o gestor cuiabano “não deixa de ter razão” ao apontar falhas graves no sistema educacional.

Segundo o vice-governador, a educação brasileira “foi destruída ao longo do tempo”, em especial após o regime militar. “Ele [Abilio] não deixa de ter razão. A educação no Brasil, ao longo do tempo, foi destruída. Isso aconteceu depois do regime militar, nós assistimos isso. Então, em alguma medida, ele tem razão, mas eu acho que não é com narrativas que nós vamos resolver o problema, é com trabalho”, declarou.

As falas de Pivetta ocorreram dois dias após Abilio criticar duramente a rede pública, alegando que o desempenho dos estudantes é insuficiente mesmo com Mato Grosso, mesmo com o Estado figurando em 8º lugar no ranking nacional.

Ao se alinhar às críticas, Pivetta aproveitou para defender a expansão das escolas cívico-militares como saída para a crise. Ele destacou que Mato Grosso contará com 130 unidades nesse modelo a partir de 2025, atendendo cerca de 30% dos estudantes da rede estadual. “Nós precisamos de mais segurança nas escolas, por isso a razão de termos criado mais escolas no modelo cívico-militar. O ano que vem nós teremos 130 escolas já nesse sistema, atendendo 30% dos alunos. Se a sociedade solicitar, vamos transformar todas as escolas que forem necessárias, inclusive colocando segurança dentro delas”, disse.

O programa foi criado nacionalmente em 2019, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), por meio do decreto 10.004/2019, mas acabou sendo revogado em 2023 com a aprovação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 56/23. Em Mato Grosso, entretanto, a proposta ganhou força própria e foi oficializada pela lei estadual 12.388/2024, sancionada pelo governador Mauro Mendes (União Brasil).

Para Pivetta, a expansão do modelo no Estado é uma resposta à crescente onda de violência nas escolas e à necessidade de recuperar a qualidade do ensino.

VGNotícias

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