O que fazer para começar a empreender? 5 mulheres listam os desafios e dão dicas para evitar e superar obstáculos

Quem nunca sonhou em abrir o próprio negócio e ganhar dinheiro fazendo aquilo que ama, com a oportunidade de administrar os próprios horários, estar mais perto da família, ter a comodidade do home office e maior controle sobre a própria vida? Para muitas mulheres, esse desejo tem se tornado realidade.

Elas representam 1 em cada 3 donos de negócios no Brasil e estão no comando de 10,3 milhões de empresas, segundo a pesquisa Empreendedorismo Feminino 2022, realizada pelo Sebrae com dados do IBGE. As mulheres representam 34% dos empreendedores no país e, na maioria, atuam sozinhas.

Mas a realidade é que não é tão fácil empreender no país. Ainda assim, muitas mulheres estão optando por encarar os desafios e abrir mão do CLT em nome da sua independência profissional.

“O espírito empreendedor sempre esteve profundamente enraizado no Brasil, inclusive nas classes menos favorecidas, que muitas vezes não estão familiarizadas com o termo ‘empreendedorismo’ e se identificam simplesmente como trabalhadoras”, afirma Bárbara Brito, estrategista de negócios e empresária.

“Uma mãe que sai para vender roupas de porta em porta, estabelecendo seu próprio método de pagamento em um dia específico do mês, está, de fato, empreendendo, embora muitos a rotulem apenas como uma ‘sacoleira’. Apesar dos avanços conquistados, ainda progredimos lentamente na disseminação do conhecimento quando se trata de empreender, algo que infelizmente só alcança uma parcela restrita da população”, acrescenta.

Conheça histórias de mulheres que superaram desafios para seguir à frente dos próprios negócios

Seja pelo desejo de empreender ou pela falta de oportunidades no mercado de trabalho (o tão sonhado CLT para muita gente), as mulheres costumam buscar caminhos, enfrentar os medos e encontrar soluções para seguir em frente. E cada trajetória é única, como é possível ver a seguir. Confira histórias e conselhos de 5 mulheres que superaram as adversidades para ter o comando dos próprios negócios e dos seus sonhos.

‘Gosto da sensação de ver as pessoas comendo a minha comida e gostando’

O empreendedorismo chegou para a cozinheira Thelma Bruno de surpresa. No momento em que se viu sem trabalho, a mãe solo de três filhos pensou em como poderia ganhar dinheiro. Foi em meio a essa busca que se deu conta de que a sua comida costumava fazer sucesso e investiu no serviço de home cooking.

“O que me levou a empreender foi a necessidade mesmo. Fui mãe muito cedo e não tive oportunidade de estudar, já trabalhei em várias áreas. Uma vez, estando sem trabalho, tive a ideia de cozinhar para as pessoas, já que sempre fui elogiada por amigos e pela família”, lembra ela sobre os primeiros passos.

O que fazer para começar a empreender? 5 mulheres listam os desafios e dão dicas para evitar e superar obstáculos — Foto: Unsplash

E as refeições preparadas por Thelma já tinham um efeito especial e afetuoso dentro de casa: “Sempre gostei de cozinhar para os meus, gosto da sensação de ver as pessoas comendo a minha comida e gostando.” Quando iniciou o seu negócio, ela foi conquistando clientes e passou a ir até a casa deles para preparar refeições para a semana.

À frente da marca Thutu de Bom, a cozinheira lembra que a pandemia foi o seu maior desafio. “Não tinha como ir até as casas. Com a ajuda de meus filhos, fiz uma logo, abri uma conta em uma rede social e comecei a fazer as comidinhas em casa. Fiz um parceria com um motoboy e depois contratei por empresas.”

No cardápio, a empreendedora inclui pratos saudáveis para garantir a saúde e o bem-estar da sua clientela. “Voltei a ir nas casas e organizar a vida de muitas famílias e solteiros que moram sozinhos e que nessa correria do dia a dia, buscam maneiras mais saudáveis para se alimentar”, explica ela.

Mesmo quando poderia ter desanimado num momento desafiador, ela se manteve firme, pois afirma que a única opção que tinha era achar uma solução para continuar. “Existem situações em que não temos como desistir. Confesso que muitas vezes pensei, mas temos que respirar fundo e seguir. Nada como um dia após o outro e uma noite no meio. Os obstáculos existirão, eu sei bem, mas o foco e as prioridades, principalmente financeiras, têm de ser levadas a sério”, afirma.

“E a satisfação em se fazer as coisas que gostamos e nos dão prazer supera qualquer dificuldade. Tenho bons amigos e muita vontade de concretizar meu sonho”, admite Thelma Bruno sobre o seu negócio.

‘Empreender não foi por necessidade financeira, mas por necessidade de liberdade’

Já para a empresária e estrategista de negócios Bárbara Brito, o desejo de empreender foi a porta que precisava para não ficar presa ao CLT. “Não foi por necessidade financeira, mas por necessidade de liberdade. Eu sentia que no CLT e no cargo que eu cheguei na época em que trabalhava numa multinacional, eu estagnaria, continuaria trabalhando pelo sonho do outro e não colocando os meus sonhos, meus desejos e minhas ideias em prática”, afirma ela.

Foi a partir daí que Bárbara fez a virada de chave. “Como eu sou uma pessoa muito racional, ao mesmo tempo que eu trabalhava na empresa, em paralelo, eu fui criando empresas como um plano B para entender se ia dar certo, para aplicar o plano de negócios que eu tinha pensado, para ter oportunidade de mudança e fracassos”, destaca ela, citando que fez tudo com muito planejamento.

“Da mesma forma, eu acho que foi um combo de coragem e de ir com medo, porque eu tive a coragem de perceber que eu tinha certeza que era aquilo que eu queria fazer e larguei tudo.”

A empresária e estrategista de negócios Bárbara Brito — Foto: Arquivo pessoal

Hoje, Bárbara usa as suas redes sociais para compartilhar vídeos informativos sobre negócios e carreira encorajando pessoas a seguirem a sua verdade. Sua forma de liderar e operar com novos negócios tem feito transformações no empreendedorismo feminino brasileiro.

“Acredito que seja mais difícil ser mulher em qualquer área, para ser mulher é preciso coragem. Nós enfrentamos desafios únicos ao empreender devido a várias questões, incluindo a falta de apoio dos parceiros, responsabilidades familiares, maternidade. Esses desafios afetam a nossa autoconfiança e a capacidade de dedicar tempo e recursos necessários para o negócio”, ressalta a especialista.

Bárbara defende que para seguir com os objetivos no empreendedorismo feminino, é crucial buscar apoio nas redes de suporte: “Criar um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, desenvolver habilidades de gerenciamento de tempo e buscar estratégias para lidar com possíveis mudanças na vida pessoal. Ter um plano de contingência e flexibilidade também pode ajudar a enfrentar imprevistos.”

E como enfrentar momentos de desânimo? Essa hora pode chegar para todas, não é um fato isolado. Segundo a estrategista de negócios, a vontade de desistir pode surgir por diversos desafios e pressões enfrentados pela mulher. Para lidar com esses momentos, ela compartilha algumas dicas valiosas que estimulam a fazer repensar:

  • Tenha um plano B: “No início do negócio ou empreendimento, é importante saber que podemos nos apoiar financeiramente de outra forma. Seja vendendo doces, trabalhando em outro local nos fins de semana, criando uma renda extra paralela ao negócio que ainda está sendo construído.”
  • Replaneje estratégias: “Analise e ajuste sua estratégia de negócio. Às vezes, é necessário mudar de direção ou abordagem para alcançar seus objetivos a curto e longo prazo.”
  • Faça pausas e cuide de si mesma: “Tire um tempo para cuidar da sua saúde mental e física. Atividades relaxantes e exercícios podem ajudar a voltar ao foco.”
  • Analise os desafios: “Identifique os obstáculos específicos que estão causando essa vontade de desistir e ponderando se são apenas cansaço ou insatisfação.”
  • Se for preciso, peça ajuda profissional: “Se os desafios forem complexos ou emocionalmente difíceis, considere a orientação de um terapeuta. Lembre-se que desistir não é um sinal de fraqueza, mas pode ser uma decisão estratégica para buscar novos caminhos e oportunidades. O importante é tomar decisões conscientes considerando os aspectos físicos e financeiros antes de agir por impulso.”

E para acrescentar, Bárbara Brito orienta compreender melhor o mercado, buscar aprendizado constante e não ter vergonha de pedir ajuda: “Confie em si mesma e esteja aberta a mudanças. A jornada empreendedora é única, mas também pode ser muito solitária. Continue em busca dos seus sonhos, você nunca estará atrasada para o que é seu. E lembre-se! Celebre as suas conquistas, você merece!”

Da demissão à oportunidade de abrir a própria empresa para atender uma multinacional

Imagina você ser demitida em um dia e poucos dias depois ser “intimada” a abrir a própria empresa para atender a uma divisão de uma multinacional do setor de cosméticos desejada por vários clientes? Foi dessa forma que surgiu a empresa da relações públicas Sayonara Sarti, em 2013. Ela havia sido dispensada do escritório de RP onde trabalhava e foi surpreendida por essa proposta.

“Trabalhava lá desde que cheguei ao Rio de Janeiro, sou de Vitória, do bairro de SantoAntônio, região de periferia. Quando fui demitida, fiquei perdida, sem saber o que fazer e sem nenhuma reserva financeira. Mas no tempo em que eu estive nessa empresa, eu fiz uma rede de relacionamento muito boa e forte. A demissão aconteceu e a oportunidade apareceu”, lembra Sayonara.

Foi quando Bruna Capucci, a quem ela se refere como uma madrinha, orientou que abrisse um CNPJ: “Ela disse que gostaria de me contratar para atender uma divisão da empresa na qual ela trabalhava. E nesse impulso eu abri a Nova, onde comecei a empreender e a colocar em prática o que eu havia aprendido. Comecei a empreender por necessidade e oportunidade.”

A relações públicas Sayonara Sarti — Foto: Arquivo pessoal

Ela afirma que essa foi a mola responsável por fazer com que acreditasse que era capaz de assumir essa posição. “O meu negócio começou muito pequeno, dentro do meu quarto, numa mesa e atendendo uma grande marca. Foi um combo de coragem e medo”, destaca a especialista em posicionamento e direcionamento de comunicação e imagem.

Uma das maiores dificuldades que enfrentou ao longo do processo foi a falta de planejamento: “Fui aprender fazendo, não tive suporte e também quebrei muito a cara. Você precisa desse passo a passo. Depois de perder e ganhar, eu percebi que precisava entender coisas estruturais para que começasse a tomar uma forma mais segura.”

A dupla jornada, comum a tantas mulheres, é citada como um grande desafio. “Eu sou solteira, não tenho filhos, tenho mais facilidade de me dedicar à minha vida pessoal e profissional. Mas existe esse obstáculo imenso que é das mulheres que empreendem e ainda têm essa segunda jornada com filhos, com os companheiros que não chegam junto e que não partilham dessa vida do lar, que muitas vezes as deixam na mão e no campo emocional”, ressalta.

O machismo nas relações profissionais, entretanto, ainda é um dos obstáculos que a relações públicas cita como desafiador:

“Para a mulher é muito difícil. Já vivi situações como entrar numa sala de reunião e sofrer um pré-julgamento por ser mulher, por ser bonita, por ser mais jovem, de eu ter que provar muito mais do que um homem da minha idade ou até com menos experiência do que eu de que eu sou capaz de executar tal função, ou de ter que levantar a voz para poder ser ouvida.”

E como se preparar para esse desafio? “Tem que trabalhar muito o nosso interior, acreditar que somos capazes e que estamos preparadas para lidar com isso, porque a gente vai se deparar com essas pessoas e vai voltar para casa frustrada, recuar e desistir?”. Ela pode não ter a receita para lidar com isso, mas compartilha algumas dicas que foi aprendendo na prática.

“Quanto mais a gente puder adquirir conhecimento para o nosso trabalho, ter confiança do que a gente faz, adquirir autoconhecimento e força física para saber quem a gente é, mais a gente consegue encarar tudo isso de forma mais íntegra.” E encoraja outras mulheres a apostarem naquilo que acreditam: “Experimenta, tenta! O que pode acontecer é não dar certo. Só não entra no tudo ou nada, não coloca tudo o que você tem em risco. Bota o pé no chão e vai com cuidado.”

Confiar no processo e na intuição são alguns dos pontos que ela indica: “E busque o máximo de conhecimento. Dê menos ouvido aos que vão dizer do ‘é assim ou não é’ ou ‘tem que ser’, porque isso muitas vezes atrasa a caminhada, mesmo que a intenção seja ótima. Não é todo mundo que tem o empreendedorismo como desejo, mas se a vida te apresenta, vai viver. Se for preciso, mude a rota depois.”

Marca de laces inspirada em Beyoncé foi salva por reforço na organização financeira

Em 2017, após realizar um trabalho de marketing na faculdade, Fernanda Alves se sentiu inspirada em tirar a Queen Laces do papel. “Foi inspirado na Beyoncé, o nome vem de Queen B! Eu sempre quis vender a ideia de que as pessoas usam lace pela naturalidade e não pela praticidade, e foi assim que decidi empreender nesse ramo”, conta a sócia da influenciadora digital Nath Finanças, formada em administração de empresas e orientadora financeira.

“Nathalia era minha cliente e em um momento de dificuldade eu pedi ajuda dela. Ela comprou essa ideia! Estamos juntas há pouco mais de um ano tentando construir uma marca consolidada no mercado, com o diferencial de valorizar o cliente e entender a necessidade do público que usa lace”, explica Fernanda, nascida na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Ela admite que os primeiros anos não foram fáceis, a falta de conhecimento em negócios e planejamento pesou: “Falta de organização financeira, problemas com entrega, roubo de carga, entre outras coisas. Mas, a partir da chegada da Nathalia, a Queen Laces se tornou uma empresa de verdade, com todos os setores funcionando.”

Fernanda Alves e a influenciadora digital Nath Finanças, sócias e donas da Queen Laces — Foto: Arquivo pessoal

O dinheiro inicial para iniciar o próprio negócio não era o suficiente. “Eu descobri que não basta apenas ter capital, tem que existir muito planejamento para que tudo aconteça da forma que desejamos. Eu e a Nathalia temos planos incríveis para a marca, mas ainda é um superdesafio para nós, como mulheres negras, construir um império no ramo da beleza”, afirma.

E quando fundou a marca, ainda sozinha, ninguém comprava a sua ideia. “Diziam que eu não tinha jeito e que minha beleza não venderia nesse ramo. Era (e ainda é) complicado demais”, afirma Fernanda, sempre confiante no seu projeto. “Nunca tive medo de não prosperar, sempre tive certeza do meu potencial. O conhecimento que tenho hoje sobre perucas é ouro, criei técnicas exclusivas e fiz descobertas incríveis. Prosperar é consequência da persistência, e persistência eu tenho”, garante ela.

Com a chegada de Nath Finanças na parte administrativa e financeira, as coisas foram se organizando. “Ela cuida de todos os detalhes burocráticos e também é superativa na parte educacional. Hoje não existe a marca sem Nathalia. Ela organizou tudo! Cinco anos de bagunça foram resolvidos em apenas 30 dias. O potencial da empresa com a entrada dela é absurdo!”

Para a empreendedora, o maior desafio no empreendedorismo é a construção da autoestima profissional:

“É preciso acreditar que você é capaz. Somos ensinadas que não somos capazes. Eu senti isso, principalmente sendo uma mulher preta.”

Como conselho para as mulheres que desejam investir no próprio negócio, ela dá força!

“Acreditem na sua loucura! É uma loucura não ter nada e pensar que pode ter tudo? Na realidade que vivemos hoje, é sim. Mas acredite e vai! Estude, busque parcerias, encontre seu diferencial no mercado e, principalmente, persista. Nossa trajetória, às vezes, é um pouco mais demorada e dura, mas no fim, vai valer a pena!”.

Separada, mãe de dois filhos e sem rede de apoio após mudar de cidade

A realidade da empresária e consultora de imagem Jacke Molonha também foi marcada pela falta de apoio no começo. Não apenas do então marido, mas também da mãe, que acreditava que sua segurança estava no trabalho CLT. Formada em administração de empresas, a curitibana deixou a profissão na área financeira para cuidar do filho nascido prematuro.

“Eu me afastei da vida profissional para cuidar do meu primeiro filho. E depois da chegada da minha filha, quis voltar ao mercado, mas na minha área o valor do salário não pagava nem a escola de um filho”, lembra ela. Ex-modelo e apaixonada por moda, Jacke já costumava ajudar as pessoas a comprar roupas em lojas e montar looks. Foi quando descobriu a consultoria de imagem como possibilidade de ganhar dinheiro.

A empresária e consultora de imagem Jacke Molonha — Foto: Divulgação/Paulo Gomide

“O mercado financeiro olhava para mim como se eu não tivesse tido experiência nenhuma, então resolvi empreender, o risco seria o mesmo”, explica. Com a possibilidade de fazer o próprio horário, estar perto dos filhos e ter a quantidade de clientes que quisesse, ela se planejou: “Um trabalho CLT não dá essa possibilidade, você tem um valor certo que, no máximo, vai ser reajustado. Comecei a estudar e a participar de grupos de mulheres que empreendiam.”

Ao iniciar o curso de formação, que foi o único investimento inicial, a Estrategista de Imagem ainda era casada e já tinha os dois filhos. “O curso era de R$ 3 mil e paguei em 10 parcelas. O meu compromisso era conseguir, em três meses, um valor para assumir o restante das parcelas. Não foi confortável nesse sentido”, lembra.

Para ganhar dinheiro e pagar os estudos, ela fazia eventos em casa, convidava pessoas de algumas marcas para vender produtos e combinava de ficar um percentual pelas vendas: “Eu comecei a desenvolver o empreendedorismo a partir daí.” Em um ano, Jacke já estava com um retorno acima do esperado. “Eu pagava as duas escolas dos meus filhos aqui no Rio, foi uma grande conquista”, recorda a fundadora da Escola do Vestir, curso que forma consultoras estrategistas de imagem no país.

“O primeiro maior desafio para a mulher que empreende é a maternidade. Quando eu iniciei, eu não tinha rede de apoio, minha família é do Sul e eu moro no Rio. Não tinha apoio do meu antigo marido, eu tive que acreditar mesmo em mim e seguir. Muitas mulheres relatam que não têm esse apoio, o jeito é acreditar na caminhada e fazer ações”, aconselha.

O casamento terminou porque a sua trajetória no empreendedorismo não foi suportada: “Quando eu decidi continuar na carreira, mesmo tendo uma quebra muito grande em 2018 por conta da separação após 15 anos, eu fiquei com meus dois filhos e segui. Eu consegui! E ainda quero ir além. O meu sonho é que a escola seja referência no mercado da consultoria de imagem no Brasil e fora.”

Como conselho para as mulheres que desejam empreender é que estejam perto de pessoas que “te fazem alavancar”. “Eu não tinha essa referência de mulheres empreendedoras, muitas vezes isso desestimula. A visão das outras pessoas é de que sempre é muito arriscado”, ressalta a empresária.

“O melhor caminho não é buscar apoio, é buscar ambientes onde você vê resultados. Não podemos nos apegar ao apoio como estímulo porque muitas vezes ele não vai vir, ou porque a pessoa não quer que você cresça, que foi o caso do meu antigo relacionamento, ou, como no caso da minha mãe, por medo de eu passar necessidade”, aponta Jacke Molonha. “O apoio do outro é sempre sobre a visão dele sobre a nossa trajetória, e só a gente tem a visão real da nossa trajetória.”

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