Defesa do ex-presidente apresentou nessa quarta (10) relatórios “que justificariam a realização de imediata intervenção cirúrgica”

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nessa quinta-feira (11) perícia médica da Polícia Federal (PF) em até 15 dias sobre quadro de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso na Superintendência da corporação em Brasília por tentativa de golpe de Estado.
Decisão vem um dia apósdefesa do ex-mandatário enviar laudos médicos à Corte “que justificariam a realização de imediata intervenção cirúrgica”, reforçou o magistrado no documento.
Na determinação de hoje, Moraes lembrou que Bolsonaro passou por exame médico-legal quando foi preso preventivamente, em 22 de novembro, após tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.
“Ocasião em que não houve registro de qualquer condição médica que indicasse a necessidade de imediata intervenção cirúrgica”, disse o ministro. O cumprimento definitivo da pena – 27 anos e 3 meses de prisão – foi definido pelo STF em 25/11, também na Superintendência da PF.
Prazo de 15 dias para PF realizar perícia
Moraes reforçou que últimos exames médicos apresentados pela defesa de Bolsonaro “não são atuais, sendo que o mais recente foi realizado há 3 (três) meses, sem que à época os médicos tenham indicado necessidade de imediata intervenção cirúrgica”.
A defesa do ex-mandatário comunicou nessa quarta (10) ao STF que Bolsonaro “apresentou novas intercorrências médicas”, anexando ao pedido de cirurgia relatórios médicos assinados pelos médicos Cláudio Birolini, Maria Grazziotin Pasolini e Leandro Santini Echenique.
“Diante do exposto, DETERMINO a realização de perícia médica oficial, pela Polícia Federal, no prazo de 15 (quinze) dias, para avaliar a necessidade de imediata intervenção cirúrgica apontada pela defesa“, decidiu Moraes.
Bolsonaro, de 70 anos, já passou por várias cirurgias desde a facada sofrida na campanha eleitoral de 2018, em Juiz de Fora (MG). Com 12 horas de duração, a mais recente foi realizada em abril de 2025, num hospital particular de Brasília, para liberar aderências intestinais e reconstruir parede abdominal.




