25 de ago de 2025
21:11

Ministério Público investiga suspeita de exercício ilegal da medicina em Mirassol D’Oeste

Da redação

A 1ª Promotoria de Justiça de Mirassol D’Oeste (a 291 km de Cuiabá) instaurou uma notícia de fato para apurar uma denúncia de possível exercício ilegal da medicina por parte de Roberto Misahel do Amaral, ex-servidor público do município de Laurentino, em Santa Catarina. Ele estaria atuando de forma irregular nas unidades de saúde de Mirassol D’Oeste, mesmo sem formação comprovada na área.

O despacho foi assinado nesta quarta-feira (21) pela promotora de Justiça Natália Guimarães Ferreira. Segundo o documento, Roberto Misahel já é alvo de investigação pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em dois procedimentos distintos, um deles relacionado à contratação feita pela Prefeitura de Mirassol D’Oeste.

De acordo com o MPSC, o investigado foi exonerado em dezembro de 2023 da administração municipal de Laurentino após responder a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) por exercer ilegalmente a medicina. Durante a apuração, surgiram suspeitas quanto à veracidade dos documentos acadêmicos apresentados por ele ao assumir o cargo público.

As investigações revelaram que Roberto Misahel não concluiu o curso de Medicina. Duas universidades confirmaram a informação ao Ministério Público catarinense, e o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) anulou sua inscrição profissional após constatar que o diploma apresentado havia sido cassado por inconsistências documentais. Além disso, os certificados de mestrado e doutorado também seriam falsos.

Diante das denúncias, a promotora Natália Ferreira solicitou esclarecimentos ao gestor da Secretaria Municipal de Saúde de Mirassol D’Oeste sobre os critérios adotados para a contratação do investigado. A Promotoria Criminal da comarca também foi informada sobre a instauração do procedimento investigativo.

“Considerando a conduta reiterada, fica o alerta aos demais municípios de Mato Grosso quanto à atuação criminosa do investigado”, advertiu a promotora no despacho.

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