Da redação
O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), destacou a atuação do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), e reafirmou sua participação no cenário político nacional para as eleições de 2026. Segundo Temer, Mendes tem se articulado com outros governadores e líderes partidários para discutir um projeto alternativo à polarização entre Lula e Bolsonaro.

Mendes tem mantido reuniões frequentes com os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Júnior (Paraná), além de senadores como Ciro Nogueira (PP-PI) e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Esses encontros visam a construção de uma alternativa política para o próximo pleito presidencial.
Embora Mato Grosso tenha um eleitorado relativamente pequeno – com cerca de 2,5 milhões de votantes –, Temer ressaltou que o cenário político é dinâmico e que qualquer possibilidade pode se concretizar. Mauro Mendes tem sido cotado como possível vice em uma chapa que pretende se distanciar tanto do PT quanto do bolsonarismo.
“Na política, tudo é muito mutável. Nunca se sabe com exatidão o que vai acontecer”, afirmou Temer. O ex-presidente também mencionou sua proximidade com Mendes, destacando que já esteve com ele em diversas ocasiões, inclusive no exterior, durante palestras. “Tenho uma relação afinada com o governador”, acrescentou Temer, durante sua participação no Encontro Mato-grossense de Municípios, promovido pela Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) em Cuiabá.
Apesar das articulações, Temer ponderou que ainda é cedo para definir cenários para a sucessão presidencial. Segundo ele, as discussões devem ser amadurecidas no momento adequado.
Michel Temer assumiu a presidência do Brasil entre 2016 e 2018, após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), sob a acusação de pedaladas fiscais. Na época, sua decisão de apoiar o afastamento da petista gerou críticas por parte do PT, que classificou o processo como um golpe. Atualmente, Temer é considerado um dos poucos conselheiros políticos que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda escuta.