28 de out de 2025
18:09

Megaoperação contra lideranças de facção criminosa tem 60 mortos e 81 presos no Rio

Ação ocorre nos complexos do Alemão e da Penha; bandidos usaram drones para lançar bombas contra policiais

A megaoperação no Rio de Janeiro que mobiliza 2,5 mil policiais nesta terça-feira (28) e mira lideranças da facção Comando Vermelho (CV) deixou pelo menos 60 mortos. Entre as vítimas, estão pelo menos quatro policiais. Essa é a operação mais letal da história do estado.

Até o momento, 81 suspeitos foram presos. Entre os detidos, está Nicolas, considerado o operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o Doca, um dos líderes da facção. Agentes apreenderam ainda 41 fuzis.

Batizada de Operação Contenção, a força-tarefa ocorre nos complexos do Alemão e da Penha e também combate a expansão territorial do crime organizado. Segundo as investigações, chefes do Comando Vermelho do Rio de Janeiro e de outros estados se refugiam nas comunidades da Zona Norte da capital fluminense.

A ação, segundo o governo do RJ, “conta com forte aparato tecnológico e logístico, incluindo drones, 2 helicópteros, 32 blindados terrestres e 12 veículos de demolição do Núcleo de Apoio às Operações Especiais da PM, além de ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate”.

Criminosos reagiram com a chegada dos policiais aos territórios. Barricadas foram montadas e, em retaliação, bombas foram lançadas com drones em direção aos agentes. Três moradores ficaram feridos.

A ação reúne policiais civis e militares e ainda objetiva, segundo o governo do RJ, “capturar lideranças criminosas do Rio de Janeiro e de outros estados”. Promotores do Ministério Público estadual também integram força-tarefa.

De acordo com o governo, a operação é resultado de mais de um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). “Ao longo do dia, serão cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão obtidos na Justiça”, disse o Executivo carioca.

A Polícia Militar (PMERJ) participa da força-tarefa com Comando de Operações Especiais (COE) e unidades operacionais da capital e Região Metropolitana.

A Polícia Civil (PCERJ) designou agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), delegacias especializadas, distritais, departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e Subsecretaria de Inteligência.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 28 escolas foram impactadas no Complexo do Alemão e 17 no Complexo da Penha.

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