Da redação
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), esclareceu nesta terça-feira (25) que sua preferência pelo nome do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) como possível candidato ao governo do Estado em 2026 é uma posição pessoal, e não uma decisão institucional do partido. Segundo Mendes, sua manifestação não representa o diretório estadual do União Brasil, do qual é presidente.
“Eu nunca falei como governador, mas eu falei como Mauro Mendes. Eu nunca falei como presidente do União Brasil e não falei em nome do União Brasil. E se tiver dentro da União Brasil outros candidatos, que se apresentem”, declarou à imprensa.

Mendes reforçou que todos os membros da sigla têm liberdade para expor suas opiniões e que ainda não há definições concretas sobre a sucessão estadual. “Independente de ser governador, independente de ser presidente do União Brasil, tenho o direito, como todos nós temos, de externalizar opiniões. Lá na frente é que serão tomadas as decisões do partido, mas a minha decisão, eu já deixei bem claro”, afirmou.
Ele também descartou qualquer tentativa de imposição de nomes ou risco de racha interno no partido. “Não houve nenhum posicionamento de nenhum do União Brasil e o Mauro Mendes e qualquer um dos seus membros tem a liberdade total de ter as suas opiniões pessoais”, pontuou.
A declaração de Mendes ocorre em meio à movimentação de aliados que já se colocam como possíveis pré-candidatos ao Palácio Paiaguás. O senador Jayme Campos (União Brasil) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) demonstraram interesse em disputar o cargo.
Jayme já começou a apresentar propostas, como a construção de 20 mil lotes de habitação popular em Cuiabá, sem contrapartida, caso eleito. O senador também relembrou sua gestão como governador entre 1991 e 1995, quando entregou casas e contribuiu para a formação do bairro Pedra 90, um dos mais populosos da capital. Apesar da movimentação, Jayme ainda não foi oficializado como pré-candidato pelo partido.
Pivetta, por sua vez, também declarou abertamente o desejo de disputar o governo estadual. Nesta terça-feira, afirmou que, se assumir o comando do Executivo em 2026, já considera promover mudanças no secretariado, em caso de afastamento de Mendes para concorrer ao Senado.
As definições sobre a sucessão no governo de Mato Grosso devem se intensificar nos próximos meses, mas Mauro Mendes já deixou claro: sua opinião é pessoal — e o debate dentro do União Brasil está aberto.