13 de mar de 2025
01:18

Mato Grosso intensifica ações no combate à hansenías

Da Redação

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) de Mato Grosso tem adotado medidas robustas para enfrentar a hanseníase, doença que mantém o estado como hiperendêmico. Em 2024, foram registrados 4.359 casos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e atualmente 5.336 pessoas estão em tratamento. O índice de cura no estado está em 68%, resultado das iniciativas promovidas pela SES.

Neste Dia Mundial Contra a Hanseníase, celebrado neste domingo (26), o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, destacou os esforços realizados. “Através da Escola de Saúde Pública, já formamos 33 médicos hansenólogos para realizar o diagnóstico e tratamento. Estamos também atualizando o Plano Estratégico para o Enfrentamento da Hanseníase e redesenhando a linha de cuidado para aprimorar os serviços prestados pela rede estadual de saúde”, afirmou.

Medidas de combate e prevenção

Entre as estratégias adotadas pela SES está o uso dos índices de cura de hanseníase e tuberculose como critério para liberação de recursos municipais via ICMS. Além disso, R$ 10 mil mensais são destinados à manutenção dos seis Ambulatórios Especializados no estado.

Alessandra Moraes, superintendente de Vigilância em Saúde, alertou sobre os sintomas da doença. “Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas com perda ou alteração na sensibilidade ao tato, calor e dor são os sinais mais comuns. Essas alterações podem surgir em áreas como extremidades das mãos e pés, rosto, tronco, nádegas e pernas. É essencial procurar uma Unidade Básica de Saúde ao notar esses sinais”, enfatizou.

Sintomas e importância do diagnóstico precoce

Outros sintomas que demandam atenção incluem perda de pelos e suor em determinadas áreas, dores, sensação de choque, inchaço das extremidades, úlceras em pernas e pés, caroços no corpo, além de alterações como ressecamento e feridas no nariz e olhos. Segundo Alessandra, o diagnóstico precoce é crucial para evitar danos permanentes. “A hanseníase é contagiosa e pode causar lesões neurais graves e incapacidades físicas. A identificação e o tratamento rápido interrompem o contágio e aceleram a cura.”

Atendimento especializado

O tratamento inicial é oferecido nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Pacientes com resistência medicamentosa ou quadros graves são encaminhados ao Centro Estadual de Referência de Média e Alta Complexidades de Mato Grosso (Cermac), gerido pela SES. Lá, o acompanhamento é realizado por dermatologistas especializados.

Com ações integradas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento especializado, o Estado busca reduzir a incidência da hanseníase e melhorar a qualidade de vida da população, reafirmando seu compromisso com a saúde pública.

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