Deputados que comandam PP e União votaram a favor enquanto líder do MDB foi contra; PSD e Republicanos se ausentaram

Os deputados que lideram as bancadas dos partidos de centro e de direita que controlam o Congresso se dividiram na votação da madrugada desta quarta-feira (10) que aprovou o projeto que reduz penas a condenados por atos golpistas, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No comando dos partidos do centrão mais inclinados à oposição, os líderes de União Brasil, Pedro Lucas Fernandes (MA), e PP, Doutor Luizinho (RJ), votaram a favor da proposta que pode diminuir a pena de Bolsonaro em regime fechado de quase 7 anos para 2 anos e 4 meses.
Já o líder do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), foi o único a votar contra.
Os parlamentares que comandam PSD (Antonio Brito, da Bahia) e Republicanos (Gilberto Abramo, de Minas) se ausentaram.
Apesar da divisão entre os líderes dessas bancadas, o centrão foi, no geral, decisivo para a aprovação da medida por 291 votos a 148.
PP, União e Republicanos só registraram 8 votos contrários, entre eles do ex-presidente do União Brasil, Luciano Bivar (rompido com o atual presidente da legenda, Antonio Rueda) e da ex-ministra de Lula, Daniela Waguinho (RJ).
Já o MDB e o PSD, embora majoritariamente tenham votado a favor do texto relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), foram os que mais registraram, dentro do centrão, posições contrárias –5 no MDB e 12 no PSD.
O PL de Bolsonaro teve apenas um voto contrário, do ex-ministro Osmar Terra (RS). O parlamentar vinha se manifestando a favor da ampla anistia a Bolsonaro e aos condenados por atos golpistas.
A quase totalidade dos votos que tentaram barrar o projeto foram registrados nos partidos de esquerda. As bancadas de PT, PSOL, PC do B, Rede e PV votaram em bloco contra o texto, que segue agora para votação em plenário.
Apenas um deputado do PSB, Jonas Donizette (SP), e uma do PDT, Flávia Morais (GO), votaram a favor.




