Da redação
Servidor de carreira, Cursi foi apontado como a “mente” por trás de esquemas de corrupção durante o governo de Silval Barbosa e foi alvo de várias investigações. Preso por um ano e dez meses no antigo Centro de Custódia da Capital (CCC), ele foi citado na delação premiada do ex-governador e sofreu processos administrativos em 2015, 2019 e 2022. A última dessas apurações culminou na sua demissão em 2024, seguindo parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e da Controladoria-Geral do Estado (CGE).
No entanto, Marcel de Cursi apresentou um Pedido de Reconsideração argumentando que sua exoneração antes da conclusão do processo poderia causar prejuízos irreparáveis, tanto para ele quanto para o Estado. O próprio despacho de Mauro Mendes reconheceu esse risco, afirmando que, caso o desligamento fosse revertido posteriormente, o Estado poderia ser obrigado a restituir os valores que deixou de pagar.
Em despacho publicado no Diário Oficial do Estado, o governador Mauro Mendes (União) determinou a suspensão da demissão do ex-secretário de Fazenda e fiscal de tributos efetivo, Marcel de Cursi. O ex-integrante da gestão de Silval Barbosa foi desligado do cargo em setembro de 2024, no âmbito de um processo administrativo disciplinar (PAD), mas recorreu da decisão, alegando que a falta de pagamentos poderia prejudicá-lo.
“A manutenção do requerente no serviço público não trará prejuízo à análise do pedido. Por outro lado, retirar sua remuneração, sem que o processo administrativo tenha se exaurido, poderá causar-lhe prejuízos de difícil reparação”, destaca um trecho do documento.
Diante desse cenário, o governador recebeu o recurso e suspendeu o processo administrativo da demissão de Marcel de Cursi, garantindo a continuidade de seu vínculo com o serviço público até a conclusão definitiva da análise do caso.
