Da redação
As equipes de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso têm intensificado, neste ano, o combate ao desmatamento ilegal e outros crimes ambientais por meio da Operação Amazônia. Entre janeiro e novembro de 2024, foram realizadas 298 operações, o que representa um aumento em relação ao ano anterior, quando 270 operações foram deflagradas. O total de multas aplicadas nas ações chega a R$ 1,6 bilhão, refletindo a severidade das ações e o impacto das fiscalizações.
Tecnologia e Monitoramento
O planejamento das operações da Sema é baseado em um rigoroso processo de monitoramento em tempo real, utilizando plataformas de imagens de satélite como o sistema Planet. Essa tecnologia permite o acompanhamento contínuo da cobertura da vegetação nativa do Estado e gera alertas semanais sobre alterações significativas, facilitando a atuação das equipes.
Em 2024, foram recebidos 3.877 alertas de desmatamento, o que permite à Sema tomar ações imediatas. Ao identificar áreas de risco, as equipes entram em contato com os proprietários para que cessem os danos ambientais, lembrando-os das responsabilidades administrativas, civis e criminais que podem ser atribuídas.
“Através da combinação de monitoramento via satélite e alertas de desmatamento, conseguimos identificar as regiões de maior pressão sobre o meio ambiente e direcionar nossas operações para combater os crimes ambientais de forma eficaz”, explicou Mauren Lazzaretti, secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso.
Das multas aplicadas ao longo deste ano, 59% foram aplicadas diretamente no local da infração (in loco), e 41% foram feitas de forma remota, através do monitoramento por satélite. Além disso, 267 mil hectares de terra foram embargados por desmatamento ilegal. Outro resultado significativo foi a emissão de 4.171 autos de infração, refletindo a crescente atuação da Sema na fiscalização.
As apreensões também foram expressivas. Entre os itens confiscados estão 112 tratores, 4 retroescavadeiras, 74 esteiras, 24 escavadeiras, 81 caminhões, 23 motos e 1 veículo. Em relação aos equipamentos de uso ilegal, a Sema apreendeu 75 motosserras, 11 dragas, 22 barcos, 113 motobombas e motores estacionários, além de 21,99 mil metros cúbicos de madeira.
As operações da Sema contra crimes ambientais contam com o apoio da Polícia Militar e do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA), garantindo maior efetividade nas ações e a retirada de equipamentos e máquinas utilizados para o desmatamento ilegal.
A operação também conta com a colaboração de órgãos federais, ampliando o alcance das fiscalizações e aumentando as chances de responsabilização dos infratores. O uso da tecnologia, aliado à ação das equipes no campo, tem permitido ao Estado uma resposta rápida e eficaz aos crimes ambientais.
Desde 2020, o Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 350 milhões em iniciativas de combate ao desmatamento e incêndios florestais, o que tem contribuído para acelerar a resposta às infrações ambientais e aumentar o número de autuações, embargos e apreensões. O monitoramento da cobertura vegetal, realizado com a plataforma de imagens de satélite, tem sido uma das principais ferramentas para a ação preventiva e para a aplicação de embargos de forma imediata.
A população também pode colaborar denunciando crimes ambientais. As denúncias podem ser feitas diretamente à Ouvidoria Setorial da Sema, por telefone (3613-7398 ou 98153-0255), e-mail (ouvidoria@sema.mt.gov.br), ou através do aplicativo MT Cidadão. Além disso, a Polícia Militar pode ser acionada pelo número 190 para casos emergenciais.
O trabalho contínuo e a estratégia de fiscalizações mais rigorosas demonstram o compromisso do Governo de Mato Grosso em preservar o meio ambiente e combater o desmatamento ilegal, que representa uma ameaça crescente à biodiversidade e aos recursos naturais da região.
Com um aumento no número de operações e um conjunto robusto de ferramentas tecnológicas, o Governo de Mato Grosso, por meio da Sema, se mostra cada vez mais eficaz na luta contra o desmatamento ilegal. As fiscalizações da Operação Amazônia seguem sendo um pilar essencial na preservação da Amazônia e no combate a crimes ambientais, com a participação ativa da sociedade e dos órgãos de segurança.
