26 de ago de 2025
06:25

Entregadores por aplicativo paralisam atividades em Cuiabá por melhores condições de trabalho

Da redação

Entregadores por aplicativo paralisaram suas atividades nesta segunda (31) e terça-feira (1º) em Cuiabá. A mobilização busca a regulamentação da profissão e melhores condições de trabalho. Apesar da expectativa de grande adesão ao movimento, muitos entregadores seguiram trabalhando normalmente pelas ruas da capital.

Entre as principais reivindicações da categoria estão a exigência de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, o aumento do valor por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, a limitação do raio de atuação das bicicletas a três quilômetros e o pagamento integral por pedidos agrupados.

A manifestação é organizada pelo Breque Nacional dos Apps e pela ANEA (Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos). Em manifesto divulgado nas redes sociais, os organizadores afirmam que a paralisação já conta com adesão em 20 estados e tem como objetivo exigir condições justas de trabalho e uma remuneração digna.

João Gabriel Muniz, entregador há quase seis anos, destacou a importância de pontos de apoio para os profissionais da área. “Nossa capital é muito quente. A gente precisa às vezes parar, ter um descanso, tomar uma água, isso é essencial para a classe”, afirmou.

Além disso, os entregadores relatam dificuldades financeiras causadas pelo aumento do custo de vida e pela desvalorização das taxas pagas pelos aplicativos. “O custo de pneu, combustível, tudo dobrou, mas a taxa de entrega não subiu”, lamenta João Gabriel.

Eduardo Dantas, entregador há dois anos e com uma das pernas amputada, também sente os impactos da defasagem nos valores pagos. “Antes, eu faturava entre R$ 120 e R$ 150 por dia. Hoje, se chegar a R$ 80, é muito. Tem muito entregador na rua, e os aplicativos baixaram os preços. Uma corrida de 10 km que pagava R$ 18, agora paga R$ 14 ou R$ 16”, relata.

Os trabalhadores aguardam um posicionamento das empresas de entrega por aplicativo em relação às reivindicações, mas, até o momento, não houve resposta oficial.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress