O governador do Paraná tem como uma de suas principais bandeiras a conclusão de obras importantes, como a duplicação de rodovias no litoral e a aguardada Ponte de Guaratuba

O governador do Paraná, Ratinho Jr (PSD), tem intensificado suas agendas políticas e encontros com o setor empresarial fora do estado, em um movimento que o posiciona como um possível candidato à Presidência da República em 2026. Em seu segundo mandato e sem a possibilidade de reeleição para o governo paranaense, Ratinho Jr. tem focado sua gestão em grandes obras de infraestrutura e parcerias com a iniciativa privada.
O governador tem como uma de suas principais bandeiras a conclusão de obras importantes, como a duplicação de rodovias no litoral e a aguardada Ponte de Guaratuba, um projeto que estava previsto na constituição estadual, mas que enfrentava entraves ambientais.
Para viabilizar essas obras, Ratinho Jr. tem se posicionado como um crítico da burocracia das leis ambientais, que, segundo ele, dificultam o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. No ano passado, ele conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa do Paraná uma flexibilização dessas leis.
A movimentação de Ratinho Jr. para o cenário nacional ganhou força após o presidente de seu partido Gilberto Kassab, indicá-lo como o pré-candidato do PSD para a disputa presidencial de 2026. Questionado sobre a indicação, o governador não confirmou a candidatura, mas se mostrou honrado com a lembrança. “Eu fico extremamente honrado em já ter uma sinalização do presidente Kassab para construir um projeto, um Brasil mais moderno”, afirmou.
Ratinho Jr. também mencionou que o partido possui outros nomes fortes, como o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e que a decisão final passará por uma discussão interna que envolverá as bancadas de deputados e senadores do PSD.
Além das obras, o governador paranaense defende as privatizações e as parcerias público-privadas, como o projeto que terceirizou a gestão administrativa de algumas escolas públicas no estado. Ele também é um forte apoiador das escolas cívico-militares, sendo o Paraná o estado com o maior número de unidades nesse modelo.
Apesar de sua projeção, o governador tem evitado se pronunciar sobre pautas mais polêmicas, como anistia ou o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, mesmo sendo cobrado por um eleitorado mais alinhado ao bolsonarismo.