Da redação
Por 10 votos a 5, a Câmara Municipal de Cuiabá rejeitou o pedido de urgência especial para a tramitação do projeto de lei do vereador Rafael Ranalli (PL), que propõe o corte de investimentos públicos municipais no Carnaval pelos próximos quatro anos. Com a decisão, a proposta seguirá o rito normal, permitindo um debate mais amplo antes da votação final.
A solicitação de urgência foi defendida por Ranalli para acelerar a análise do projeto, dispensando algumas formalidades regimentais. No entanto, a maioria dos parlamentares acompanhou o posicionamento do líder do prefeito Abilio Brunini (PL), vereador Dilemário Alencar (União), que pediu a rejeição do requerimento para que o tema fosse melhor discutido com todas as entidades envolvidas.

“Quero solicitar a base e a todos os vereadores que rejeitem o requerimento de urgência especial, para que o projeto continue tramitando e dando oportunidade de discussão entre o autor e as entidades representativas do comércio”, afirmou Alencar durante a sessão.
A presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Lorenna Bezerra, também se manifestou contra a urgência, destacando que o setor não foi consultado previamente. Ela reforçou a importância econômica do Carnaval para a cidade, especialmente para pequenos comerciantes e prestadores de serviço.
Mesmo com a rejeição do pedido de urgência, Rafael Ranalli garantiu que seguirá com a discussão do projeto e afirmou contar com apoio popular para a iniciativa. “Muita gente concorda que o dinheiro público não deve ser prioridade no Carnaval mais uma vez. Não é uma questão de ser contra a cultura, e não há lados nessa discussão. Estamos todos do lado de Cuiabá”, declarou o parlamentar.
Com a decisão da Câmara, o projeto segue em tramitação normal, permitindo que o tema seja amplamente debatido antes de uma eventual votação.