14 de mar de 2025
20:33

Sargento investigado por morte de advogado se entrega à Polícia Civil

Da redação

O terceiro sargento da Polícia Militar, Heron Teixeira Pena Vieira, investigado pelo assassinato do advogado Renato Gomes Nery, apresentou-se no final da tarde desta sexta-feira (7) na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá. Heron estava foragido desde a última quinta-feira (6), quando foi deflagrada a Operação Office Crimes – A Outra Face, que investiga a execução do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), ocorrido no dia 5 de julho do ano passado, em frente ao seu escritório, na capital mato-grossense.

De acordo com informações apuradas, Heron se apresentou acompanhado de seu advogado e permaneceu em silêncio. A expectativa é de que ele seja interrogado nas próximas horas. No dia anterior, agentes da DHPP cumpriram mandados de busca e prisão contra o sargento, mas ele não foi encontrado em sua residência, localizada no bairro Rodoviária Parque. Sua esposa acompanhou as buscas e relatou que o militar havia saído de casa ainda na madrugada, alegando que iria pescar.

Operação investiga grupo de policiais

Heron Teixeira atuava no setor de inteligência do Batalhão da Rotam e, segundo investigações, era responsável pelo aluguel de uma chácara no bairro Capão Grande, em Várzea Grande, onde policiais militares investigados no caso se reuniam. No local, foi encontrada uma placa de identificação da unidade especializada da PM, com a logomarca da Rotam, o que reforça as suspeitas de que o espaço era utilizado para encontros do grupo acusado de assassinatos.

Além de Heron, a operação Office Crimes – A Outra Face tem como alvos os policiais militares Leandro Cardoso, Wailson Alesandro Medeiro Ramos, Jorge Rodrigo Martins, Wekcerlley Benevides Oliveira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, apontado como o executor de Renato Nery.

Antecedentes criminais

Heron Teixeira Pena Vieira e Alex Roberto de Queiroz Silva já haviam sido condenados, no dia 12 de março do ano passado, por participação em uma organização criminosa envolvida com o tráfico interestadual de drogas, operando pelo Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. A ação foi conduzida pela Polícia Federal.

O sargento foi sentenciado a 8 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão em regime fechado, com determinação da perda do cargo. A pena deve ser cumprida após o trânsito em julgado da sentença, e o processo está em grau de recurso. Além disso, ele e outros dois policiais investigados pela morte do advogado também respondem a ações penais por homicídios ocorridos em supostos confrontos, investigados na Operação Simulacrum.

A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer o envolvimento dos suspeitos nos crimes e as conexões entre os assassinatos e outras atividades criminosas atribuídas ao grupo.

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