14 de mar de 2025
20:25

Bebê encontrado em sacola carregada por cachorro em Sorriso: investigação apura circunstâncias

Da redação

Na última sexta-feira (22), um caso chocante abalou a cidade de Sorriso, 420 km ao norte de Cuiabá. Um bebê, encontrado dentro de uma sacola que havia sido transportada por um cachorro, apresentava sinais de avançada decomposição, com a estimativa de que a criança já estivesse sem vida há cerca de três dias.

De acordo com o delegado Bruno França, responsável pela investigação, o corpo da menor estava em estágio avançado de decomposição quando foi localizado. “Foi identificado se tratar de um bebê completamente formado, em um estágio avançado de decomposição. A estimativa é de que o bebê morreu há 3 dias”, afirmou o delegado durante entrevista nesta segunda-feira (24). No local, além do corpo, foram encontrados vários absorventes impregnados de sangue, que, segundo a equipe, podem ter vestígios da mãe.

A Polícia Civil já iniciou os trabalhos de investigação e, diante das evidências, ainda não se pode descartar nenhuma hipótese. “Agora nós aguardamos a posição da perícia para compreender se trata de um crime de aborto, se é um abandono da recém-nascida ou se é um homicídio, o que a gente não descarta”, explicou Bruno França. Para avançar nas investigações, o Instituto Médico Legal (IML) está coletando materiais genéticos tanto do corpo da vítima quanto dos absorventes encontrados, o que poderá ser fundamental para tentar identificar a mãe.

Sobre o possível envolvimento da mãe, o delegado destacou que as investigações indicam que ela deve ser uma mulher em idade reprodutiva, possivelmente residente nas proximidades do local onde o corpo foi encontrado. “O que a gente sabe é que evidentemente vai ser uma mulher de idade reprodutiva ativa, que perdeu o filho, ou abandonou, ou ceifou sua vida. Muito provavelmente a pessoa reside próximo do local, considerando a perda de sangue e a dificuldade da dinâmica de transportar o corpo sem vida sem ser detectado”, detalhou.

Outro ponto levantado pela perícia foi a presença de larvas de mosca no corpo, o que sugere que a criança já estava exposta ao ambiente externo por, no mínimo, 72 horas. “Tudo leva a crer que a criança tenha estado com vida logo após o nascimento, mas isso ainda é o médico legista que vai confirmar. Como existia larvas de mosca na decomposição, a gente acredita que ela estava morta no mínimo por 72h”, acrescentou o delegado.

A comunidade aguarda respostas enquanto a polícia investiga todas as possibilidades para esclarecer esse trágico caso, que já mobilizou as autoridades locais em busca de pistas que possam levar à identificação da mãe e à responsabilização dos envolvidos.

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