Da redação
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), propôs uma colaboração entre a Prefeitura e o Governo do Estado para finalizar as obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), interrompidas desde o ano passado. Em sua avaliação, a conclusão do projeto não seria algo complexo e poderia ser realizada por meio de uma parceria entre os dois executivos.

“Eu acredito que, se houver a possibilidade de uma parceria com o Estado, poderíamos trabalhar juntos para concluir essas obras. Não é um bicho de sete cabeças. Pelo que está sendo feito, acredito que é viável buscar essa colaboração com o Governo Estadual”, afirmou o prefeito, destacando que o BRT tem um futuro diferente do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que não foi concluído.
As declarações de Abílio Brunini ocorreram na manhã desta quinta-feira (6), logo após o governador Mauro Mendes (União) anunciar oficialmente o rompimento do contrato com o consórcio responsável pelas obras. Até o momento, o Estado não definiu qual será o próximo passo para o projeto do transporte coletivo.
Nos últimos dias, o governador já havia demonstrado insatisfação com o andamento das obras do BRT na capital. Ao formalizar o rompimento, ele enfatizou os atrasos nos prazos e o desempenho insatisfatório da empresa contratada, que não teria cumprido as expectativas quanto à execução do projeto. Esses problemas foram apontados como principais razões para o Governo Estadual buscar novas alternativas, incluindo a contratação de outras empresas para dar continuidade ao projeto.
Após o anúncio do rompimento do contrato, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, informou que o Consórcio BRT poderá ser multado em até R$ 54 milhões devido ao descumprimento de cláusulas contratuais. A empresa ainda pode recorrer, mas, segundo Garcia, isso não impede que as obras sejam retomadas, sendo que o consórcio pode apenas questionar os valores e a aplicação das multas.