Da Redação
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), manifestou nesta segunda-feira (3) sua insatisfação com o ritmo das obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) em Cuiabá. O modal substitui o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), projeto idealizado para a Copa do Mundo de 2014, mas nunca concluído.
Russi defendeu um papel mais ativo do Parlamento na fiscalização da obra e no acompanhamento do cronograma para garantir avanços concretos. O parlamentar destacou que a insatisfação é geral dentro da ALMT e cobrou providências do Executivo estadual.
“Cabe a fiscalização e o acompanhamento, e confesso que nem a Assembleia e nenhum deputado está feliz com o andamento das obras. Esperamos que o Poder Executivo tome todas as providências, no sentido de fazer com que essas obras avancem. Lógico que uma rescisão de contrato tem que ser muito bem pensada, porque qualquer coisa nesse sentido pode dificultar e atrasar ainda mais essas obras”, afirmou.
O discurso de Max Russi está alinhado ao do governador Mauro Mendes (União Brasil), que tem criticado publicamente as empresas do Consórcio BRT, responsável pela obra. No entanto, o deputado alerta para a necessidade de cautela ao tratar sobre um possível rompimento do contrato, já que isso poderia ampliar os atrasos.
Nesta segunda-feira, uma reunião entre o Governo do Estado e o Consórcio BRT foi agendada para discutir os rumos do contrato. Entre as possibilidades estão a rescisão do acordo ou a concessão de um novo prazo, com ajuste do cronograma. O consórcio alega dificuldades operacionais, pressões externas e problemas em anteprojeto como fatores que prejudicaram o andamento dos trabalhos.
O investimento anunciado pelo Palácio Paiaguás em 2022 foi de R$ 468 milhões, com previsão de conclusão em 30 meses. No entanto, um aditivo já foi concedido, e agora o término das obras foi postergado para 2026. Apesar do tempo decorrido, apenas 18% da obra foi concluída, segundo o presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Sérgio Ricardo.
