Da redação
Na última semana da gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), servidores da Saúde de Cuiabá realizaram um protesto em frente ao Palácio Alencastro, nesta segunda-feira (30), para cobrar o pagamento do 13° salário atrasado, férias e do prêmio saúde. Com o lema “Servidores da saúde merecem respeito”, centenas de trabalhadores do setor se reuniram para pressionar a administração municipal a regularizar os débitos que afetam diretamente o sustento e a valorização dos profissionais da saúde pública.

A manifestação teve início por volta das 7h30 e contou com a presença de profissionais carregando cartazes com mensagens de reivindicação, como “valor e respeito” e pedidos para o pagamento dos valores em atraso. Após o ato em frente ao Palácio Alencastro, os manifestantes seguiram pelas ruas ao redor da prefeitura e passaram por áreas comerciais no centro da cidade, causando congestionamento no trânsito local.
Luzia Mello, uma das representantes dos servidores na manifestação, destacou a insegurança e o sofrimento enfrentados pelos profissionais de saúde devido aos atrasos nos pagamentos. “Nós, que salvamos vidas, estamos precisando ser salvos. A maioria de nós não recebeu o 13°, não recebeu as férias. As férias a partir de junho não foram pagas até agora, então trabalhadores estão passando necessidades”, afirmou. Ela ressaltou ainda que muitos profissionais da saúde estão adoentados devido ao impacto psicológico e físico da situação.
Este não é o primeiro episódio de atraso nos pagamentos para os servidores da saúde. No mês de novembro, os profissionais também enfrentaram dificuldades financeiras devido à falta de repasses. A falta de pagamento afeta não só o bem-estar financeiro, mas também a saúde mental e emocional desses trabalhadores, que muitas vezes não têm a segurança que deveriam ter para desempenhar suas funções.
Em resposta à mobilização, a Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de uma nota oficial, que lamenta a situação e garantiu que os débitos serão quitados até o final do dia. A promessa de regularização, no entanto, não foi suficiente para acalmar os ânimos dos servidores, que continuam a exigir soluções definitivas para os problemas financeiros e o reconhecimento devido ao trabalho essencial que desempenham.
A manifestação é um reflexo do desgaste e da indignação dos profissionais da saúde, que têm enfrentado desafios cada vez maiores, especialmente no contexto de uma gestão que se aproxima do fim.