Da redação com agência Brasil
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária verde será mantida em janeiro de 2025, garantindo que os consumidores brasileiros não terão acréscimos nas contas de luz no primeiro mês do ano. A decisão é reflexo da melhora nas condições de geração de energia no país, especialmente devido às chuvas que elevaram os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas, favorecendo a produção de energia.

A bandeira verde, que não implica custos adicionais para os consumidores, já havia sido mantida de abril de 2022 a julho de 2024 e foi novamente aplicada em dezembro de 2024. Agora, com a continuidade das condições favoráveis, a Aneel confirmou que a situação se estenderá para o início de 2025. “Os níveis dos reservatórios aumentaram com a chegada do período chuvoso, o que resultou em maior geração das usinas hidrelétricas. Isso diminui a necessidade de acionar usinas termelétricas, que têm custos mais elevados”, explicou a agência, em nota divulgada nesta sexta-feira (27).
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para refletir os custos variáveis da geração de energia elétrica. As bandeiras são classificadas em quatro níveis: verde, amarela, vermelha (patamar 1) e vermelha (patamar 2). Quando a bandeira verde é acionada, não há cobrança adicional. Porém, quando as bandeiras amarela ou vermelha são aplicadas, o consumidor paga valores extras pela geração de energia, que são acrescentados à tarifa por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
No caso das bandeiras amarela e vermelha, os custos adicionais são de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2). Durante o período crítico de escassez hídrica, entre setembro de 2021 e abril de 2022, a tarifa chegou a ser acrescida de R$ 14,20 por 100 kWh consumidos, quando foi estabelecida a bandeira de escassez hídrica.
A manutenção da bandeira verde para janeiro de 2025 reflete a recuperação dos reservatórios e a expectativa de que as boas condições climáticas sigam colaborando para a geração de energia no Brasil, garantindo, assim, mais estabilidade e previsibilidade para o bolso dos consumidores.