Da redação
Na sessão matutina desta sexta-feira (27), os vereadores de Cuiabá rejeitaram, por 16 votos favoráveis e 1 contra, o requerimento de urgência para a votação do projeto do Executivo que trata da concessão do aquário municipal. A proposta, que visava permitir a gestão do espaço por uma empresa privada, foi pautada após parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas não obteve o apoio necessário para a tramitação rápida.

O aquário, que estava abandonado há anos, iniciou sua reforma em 2024 com o objetivo de revitalizar a área e torná-la parte do maior complexo turístico da cidade. A prefeitura planejava concluir o projeto e conceder a administração a uma empresa privada ainda na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A concessão do local, que tem como objetivo transformar o aquário em um atrativo turístico, foi uma das propostas do prefeito para ampliar a oferta de lazer na capital.
Com a negativa do requerimento de urgência, a decisão sobre a administração do aquário ficará a cargo do futuro prefeito, Abilio Brunini (PL), eleito para o próximo mandato. Brunini será responsável por definir se o aquário permanecerá sob a gestão da prefeitura ou se será realmente concedido à iniciativa privada, conforme previa o projeto de Pinheiro.
O novo aquário, que terá cerca de 200 metros quadrados de área útil, fará parte de um complexo turístico com mais de 14 mil metros quadrados, incluindo 1,2 mil metros dedicados à exposição de peixes típicos das Bacias Amazônica e do Prata. Embora a inauguração do espaço estivesse prevista para o dia 28 de dezembro, o evento foi adiado, e a data de entrega do novo ponto de lazer ainda não foi confirmada pela prefeitura.
A decisão de hoje acirra o debate sobre a concessão de espaços públicos na cidade e coloca em foco a discussão sobre os rumos da administração municipal do novo aquário.