Botelho questiona lealdade e afirma que Pivetta precisa ‘sair da toca’ para disputar Paiaguás

O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), criticou a postura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicano), questionando sua lealdade ao grupo político ao qual ambos pertencem. Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23), Botelho colocou em dúvida se Pivetta realmente apoiou sua candidatura à Prefeitura de Cuiabá no primeiro turno ou se já estava alinhado com Abilio Brunini (PL). Botelho também rebateu a acusação de que teria forçado sua candidatura, afirmando que Pivetta precisa ser mais ativo na política se realmente deseja disputar o governo em 2026
“Ele vive entocado no gabinete e precisa começar a ser mais ativo se quiser ser governador”, criticou o presidente da Assembleia. “Ele não participou da campanha, até eu entendo, talvez ele já estivesse até apoiando Abilio, ele tem que dizer isso claramente, é possível que já estivesse, né? Agora eu acho que ele precisa começar a participar mais ativamente e entender a política (…) ele precisa vir conversar mais, entender que a política é feita de vitórias e derrotas, se nós perdemos, foi o grupo que perdeu, ou ele não estava nesse grupo? ou ele não fazia parte, ou ele era um dos traidores, como a gente fala? (…) O partido estava conosco, inclusive indicou o vice, agora se ele já estava traindo até o partido, aí eu não sei, tem que falar”, completou.

A crítica foi uma resposta direta às declarações de Pivetta na semana anterior, quando o vice-governador afirmou que Botelho forçou sua candidatura, uma decisão que, segundo ele, não teria chance de sucesso nas urnas. Em entrevista ao PodOlhar, Pivetta revelou que o nome original para concorrer à prefeitura era Fábio Garcia, chefe da Casa Civil, e que a mudança definida pelo governador Mauro Mendes (União) o desmotivou a se envolver ativamente na campanha. Ele também reforçou seu apoio ao deputado federal Abilio Brunini e minimizou o apoio popular que Botelho recebeu durante a campanha.

Botelho também reforçou que o grupo político estava unido e que não houve “traição” por parte dos aliados, elogiando o empenho de Fabio e do próprio governador na campanha.

“É porque ele não participou de nenhuma discussão, quando ele não participa de nenhuma discussão, ele não sabe o que foi conversado, ele não sabe o que foi discutido, aliás, eu não sei nem se ele entende do Estado, se ele sabe como que o Estado está hoje, precisa começar a pensar nisso. Para mim não teve traidor, para mim não teve, quem estava trabalhando na campanha não foi traidor, Fábio Garcia eu até acho ruim quando falam isso dele, porque ele trabalhou intensamente para a nossa eleição, ele estava lá em todos os atos, então ele em nenhum momento deixou de fazer o que tinha que fazer, o que precisava fazer, não teve traidor”, disparou.

A divergência entre Botelho e Pivetta expõe um racha dentro do grupo político que apoia a atual gestão do estado, especialmente no contexto das eleições municipais e das futuras articulações para 2026.

Olhar Direto

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress