Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que Estado figura no topo pelo segundo ano seguido
Mato Grosso liderou, pelo segundo ano consecutivo, o ranking brasileiro de mortes de mulheres e feminicídios, com uma média de 2,5 assassinatos a cada 100 mil mulheres no Estado. Os dados são acordo do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025.
O relatório, divulgado na quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra que o Estado registrou, ao longo do ano passado, 47 mortes, número que representa um leve aumento em comparação ao ano de 2023, quando 46 mulheres foram mortas.
A taxa nacional é de 1,4 assassinato para cada grupo de 100 mil.
Depois de Mato Grosso, aparecem aparecem Mato Grosso do Sul (2,4), e Piauí, (2,3) na segunda e terceira posições.
Dentre os casos que ganharam repercussão no estado está o feminicídio de Raquel Cattani, morta a facadas pelo irmão do ex-marido, Romero Xavier, após ele não aceitar o fim da relação. O crime ocorreu em julho de 2024, em uma propriedade rural de Nova Mutum.
Outro caso foi a morte de Valdineia da Silva Santos, de 42 anos. Ela foi assassinado em setembro após o ex-marido espancá-la, atirar contra ela e, em seguida, incendiar seu corpo e o do namorado, Vanderson Alves Fichio. O crime ocorreu na frente dos filhos da vítima.
Número de estupros
Além do número de feminicídios, outro dado preocupante é o número de estupros em Mato Grosso.
Segundo dados do Anuário, Sorriso, município conhecido pelo seu forte desempenho econômico no agronegócio, é a segunda cidade brasileira com o maior número de estupros de vulneráveis registrados no país.
Em 2023, a cidade liderou o ranking nacional, com uma taxa de 113,9 casos por 100 mil habitantes. Já em 2024, Sorriso aparece em segundo lugar, com uma taxa ainda maior de 131,9 estupros de vulneráveis por 100 mil habitantes.
Além de Sorriso, o levantamento também destaca os municípios de Tangará da Serra e Cuiabá, que figuram entre as 50 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes e com as maiores taxas de estupro.
Tangará da Serra registrou 99,5 casos por 100 mil habitantes, enquanto Cuiabá teve uma taxa de 63,7.
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