03 de jul de 2025
11:53

Max Russi cobra retomada imediata das obras no Portão do Inferno e solução definitiva para acesso à Chapada

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi (PSB), voltou a pressionar o Governo do Estado por uma solução definitiva para os acessos a Chapada dos Guimarães, especialmente em relação às obras paralisadas no Portão do Inferno, localizado na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251).

Em discurso nesta quarta-feira (2), o parlamentar defendeu que a construção de um túnel é a alternativa mais segura e eficaz para resolver de forma definitiva os constantes problemas no trecho, que têm causado prejuízos significativos à economia local e ao turismo da região.

A obra está orçada em R$ 29,5 milhões e tem como principal objetivo prevenir deslizamentos no local, considerado de alto risco. O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (PSD), enviou na semana passada um ofício à Assembleia Legislativa solicitando providências urgentes diante dos impactos enfrentados pelo município.

“Precisamos agir rapidamente diante da importância que Chapada tem para o turismo do nosso estado. Não é só um problema local, é uma questão que afeta toda a cadeia econômica”, afirmou Russi.

Segundo o parlamentar, ele já se reuniu com o governador Mauro Mendes (União Brasil) para tratar do tema, que repassou a responsabilidade à Casa Civil, sob o comando do secretário Fábio Garcia, e à Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), liderada por Marcelo de Oliveira.

Max Russi criticou ainda as restrições impostas à Estrada da Água Fria, que liga a região a Cuiabá, principalmente durante o período seco.

“No tempo da chuva é compreensível, mas agora, na seca, essas restrições só prejudicam os produtores rurais e dificultam novos investimentos”, destacou.

Críticas à forma de contratação

O deputado também questionou o modelo de contratação adotado para a execução da obra, sob responsabilidade da empresa Lotufo Engenharia e Construção. O contrato, de R$ 29,5 milhões, foi firmado sem caráter emergencial, mesmo antes da conclusão do processo de licenciamento ambiental.

“É estranho. Ainda se discutia a licença ambiental e o contrato já estava fechado com a empresa. Nunca vi isso acontecer dessa forma”, observou Russi.

A obra foi anunciada em março de 2024 e previa a conclusão em até 120 dias. No entanto, recentes análises geológicas apontaram inconsistências nos estudos iniciais, o que levou à paralisação dos trabalhos.

De acordo com o governador Mauro Mendes, o tipo de solo identificado na área tornou inviável a continuidade da obra conforme o projeto original, o que gerou uma reavaliação completa da intervenção.

Projeto previa retaludamento

A proposta inicial previa o retaludamento da encosta, com a retirada de parte do maciço rochoso e a criação de taludes – cortes em degraus que ajudam a conter deslizamentos. A estrada também seria recuada em cerca de 10 metros, eliminando a passagem sobre o atual viaduto e reforçando a segurança do trecho.

Apesar da proposta técnica, a intervenção foi interrompida diante das novas descobertas geológicas. Max Russi lamentou a paralisação e cobrou celeridade por parte do Executivo estadual.

“Frustrou, sim. O prejuízo é grande. A falta de solução está afetando o turismo, a mobilidade e a vida econômica de toda a região de Chapada”, concluiu o parlamentar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress