26 de ago de 2025
06:03

Sete cardeais brasileiros estão aptos a votar no Conclave que elegerá o sucessor do Papa Francisco

Da redação

Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira (21), a Igreja Católica inicia os preparativos para o Conclave, a reunião do Colégio dos Cardeais que elegerá o novo pontífice. Segundo as regras do Vaticano, o processo deve começar em até 20 dias após o falecimento do papa.

Entre os 138 cardeais com menos de 80 anos que estão aptos a votar no próximo Conclave, sete são brasileiros. O único cardeal do país que não poderá participar da votação é Dom Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, que tem 87 anos. Apesar da idade, ele seguirá participando das discussões do Colégio dos Cardeais sobre temas urgentes da Igreja até a eleição do novo líder.

Lista dos brasileiros aptos a votar no Conclave:

  • Dom Sérgio da Rocha, 65 anos – Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador.
  • Dom Jaime Spengler, 64 anos – Presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre.
  • Dom Odilo Scherer, 75 anos – Arcebispo de São Paulo.
  • Dom Orani Tempesta, 74 anos – Arcebispo do Rio de Janeiro.
  • Dom Paulo Cezar Costa, 57 anos – Arcebispo de Brasília.
  • Dom João Braz de Aviz, 77 anos – Arcebispo emérito de Brasília.
  • Dom Leonardo Ulrich Steiner, 74 anos – Arcebispo de Manaus.

Destaque: Dom Leonardo Steiner, o primeiro cardeal da Amazônia

Natural de Forquilhinha (SC), Dom Leonardo Steiner é o atual arcebispo de Manaus e carrega o título simbólico de primeiro cardeal da Amazônia, segundo o Vaticano. Com sólida formação acadêmica, é bacharel em Filosofia e Pedagogia e doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.

Sua ordenação sacerdotal ocorreu em 1978, e desde então, acumulou experiência em diversas áreas da Igreja, inclusive na educação. De 1999 a 2003, atuou como secretário-geral do Pontifício Ateneu Antoniano. Nomeado bispo em 2005 por João Paulo II, assumiu a Prelazia de São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. Depois, passou pela Arquidiocese de Brasília como bispo auxiliar e foi eleito secretário-geral da CNBB em 2011.

Desde 2019, é arcebispo de Manaus e, em 2022, foi criado cardeal pelo Papa Francisco, tornando-se uma importante voz da Igreja na região amazônica, com atuação marcada por preocupações sociais e ambientais.

O Conclave promete ser um momento decisivo para os rumos da Igreja Católica, e o protagonismo brasileiro nessa escolha ganha destaque diante da relevância de seus representantes.

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