26 de ago de 2025
03:22

Carne bovina impulsiona exportações de MT , que cresce 19,3% no primeiro trimestre de 2025

Da redação

A carne bovina segue como o principal vetor das exportações de Mato Grosso, reafirmando o protagonismo do Estado no cenário agroindustrial brasileiro. Dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Secex/MDIC), compilados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), mostram que, entre janeiro e março de 2025, o produto respondeu por 80% do volume total de proteínas animais exportadas e por impressionantes 90,7% do valor gerado com essas vendas.

No primeiro trimestre, Mato Grosso exportou 170,7 mil toneladas de carnes bovina, suína e de aves — um aumento de 8,58% em relação ao mesmo período do ano passado. Em faturamento, o crescimento foi ainda mais expressivo: 19,3%, com receita de US$ 721,7 milhões, frente aos US$ 604,9 milhões registrados em 2024.

Com 137 mil toneladas embarcadas, a carne bovina lidera com ampla vantagem, gerando US$ 654,7 milhões em receita. Com esse desempenho, o Estado foi responsável por 20,5% das exportações brasileiras de carne bovina, ficando atrás apenas de São Paulo, que respondeu por 21,7%.

Mato Grosso, que detém o maior rebanho bovino do país, com 32,8 milhões de cabeças, consolida-se como potência na produção e exportação de carne vermelha. O Estado tem investido em estratégias de expansão de mercados, diversificação de destinos e valorização do produto, com forte atuação conjunta entre governo, setor privado e instituições como o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o bom desempenho é fruto da solidez do setor e das políticas públicas de incentivo. “Esses números refletem o trabalho do pecuarista, da indústria e do Estado em promover a carne mato-grossense no mundo. Estamos colhendo frutos de uma política forte de internacionalização, atração de investimentos e participação em feiras globais”, afirmou.

Miranda também destacou que, já em maio, o Estado deve receber da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação — um marco sanitário que pode abrir portas para mercados altamente exigentes, como Japão e Coreia do Sul. “Essa certificação vai nos colocar em um novo patamar de competitividade internacional”, avaliou.

O Imac, por sua vez, tem reforçado a presença internacional da carne mato-grossense por meio de eventos, parcerias e articulações estratégicas. “A cadeia da carne é dinâmica e exige estratégias assertivas para a abertura de novos mercados. O Imac tem atuado de forma estratégica na promoção da carne mato-grossense, com formação de parcerias, destacando sua qualidade, sustentabilidade e potencial competitivo”, ressaltou a diretora executiva do instituto, Paula Sodré Queiroz.

Apesar da liderança da carne bovina, outros segmentos também registraram crescimento. As exportações de carne suína subiram 32%, com 7,8 mil toneladas embarcadas e receita de US$ 17,9 milhões — ante US$ 12,3 milhões no mesmo período de 2024. A China segue como o principal destino, seguida por Hong Kong, Filipinas, Vietnã e Singapura.

Já as carnes de aves alcançaram 25,2 mil toneladas exportadas e geraram US$ 49 milhões, um avanço significativo frente aos US$ 40,6 milhões do ano anterior. Os principais mercados foram Arábia Saudita, China, Japão, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.

O desempenho do setor reafirma a posição de Mato Grosso como referência na produção de proteína animal, com foco crescente na competitividade global, sustentabilidade e qualidade.

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